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Ovários policísticos e atividade física: o que muda?

Mulheres com SOP podem ter menos motivação para fazerem exercícios físicos, porém, ele é essencial para a manutenção dessa condição de saúde

Por Marcela De Mingo
Atualizado em 8 nov 2022, 11h12 - Publicado em 8 nov 2022, 08h00

A síndrome dos ovários policísticos é uma condição que mexe com muitos aspectos da vida de uma mulher. Além de interferir na saúde da pele e dos cabelos, é bem comum ela afetar a rotina de treinos dessas mulheres. 

Sim, é isso mesmo. Apesar dos hormônios masculinos, como testosterona, estarem conectados com o aumento de disposição, energia, e até de libido, é bem comum mulheres com SOP sentirem uma variação grande na disposição – mesmo com a alta desses hormônios no organismo. 

SÍNDROME DE OVÁRIOS POLICÍSTICOS E ATIVIDADE FÍSICA

Segundo a Dra. Tassiane Alvarenga, endocrinologista e metabologista pela SBEM, é comum mulheres com SOP apresentarem risco aumentado de ansiedade moderada a grave, sintomas de depressão e até transtornos alimentares. 

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Além disso, muitas vezes, por estarem acima do peso, têm dificuldades em relação a sua autoestima e também autoconfiança. Resultado? A prática de exercícios físicos fica em último lugar na sua lista de prioridades. 

“Desta forma só existe um lugar para o médico, ao lado destas pacientes, encorajando-as na busca de um estilo de vida melhor”, explica. 

EXERCÍCIOS FÍSICOS PARA MULHERES COM SOP

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Com isso em mente, é interessante contar com a ajuda de uma equipe multidisciplinar para tratar dessa condição de saúde da melhor forma possível. E isso pode passar pela avaliação de um profissional de educação física, que vai montar um treino com base nas necessidades do corpo com SOP. 

“A prática regular de exercício físico em mulheres com SOP tem demonstrado resultados positivos na composição corporal (perda de gordura visceral que é a gordura ruim, aquela gordura que fica localizada na região abdominal e redução da circunferência abdominal), parâmetros metabólicos (glicemia, colesterol, ‘gordura no fígado’), cardiovasculares e hormonais, além da função reprodutiva (maior chance de ovulação e gravidez)”, explica a Dra. Tassiane.

Por isso, ela explica que, nesses casos, a atividade física não deve ser uma sugestão ou uma orientação, mas uma prescrição médica. Além disso, vale lembrar que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a prática de atividade física 150 minutos por semana, e o ideal é combinar exercícios aeróbicos, como a caminhada, a bicicleta ou a dança, com outros de resistência, como a musculação, o pilates ou os treinos de força. 

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“O tecido muscular é rico em receptores de insulina. Por auxiliar o organismo com essa regulação, a atividade física estabiliza os níveis de insulina e ajuda a controlar o peso, o excesso de pelos, a queda de cabelo e a regularizar os ciclos menstruais”, explica. 

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