É fácil ficar presa em uma mesma aula da academia quando você simplesmente a ama – o professor é empolgado, as músicas são animadas e seu top sai pingando de lá.
Até ano passado, eu era assim: nadava às terças e quintas-feiras, jogava handebol nos finais de semana e fazia musculação três vezes na semana. E achava que minha rotina de exercícios não poderia ficar melhor.
Engano, meu. Depois que virei editora-assistente de fitness da BOA FORMA, comecei a experimentar outras atividades, sequei quatro quilos e me sinto muito mais disposta para topar qualquer desafio. A seguir, conto quatro descobertas que transformaram minha relação com o esporte (e com meu corpo).
1. Corrida é legal
Um pouco antes de sair de férias na Europa, no fim de fevereiro, recebi o convite para participar de uma meia maratona no Rio de Janeiro, a Nike Women Victory Tour, que aconteceria em abril. Impossível recusar a proposta, certo? Com certeza! O problema é que eu teria apenas cinco semanas para me preparar – e até então, minha distância máxima era de apenas 10K.
Como desafios são sempre bem-vindos aqui na redação, comecei a seguir a planilha que o treinador Renan Viana, de São Paulo, fez para mim. Surpresa logo ao abri-la: não precisaria correr por infinitos quilômetros todos os dias. Pelo contrário, os tiros intervalados garantem mais fôlego e, ao mesmo tempo, mandam embora o tédio (nunca fui uma grande fã do esporte). Correndo, conheci a cidade onde minha irmã morava, Bristol, na Inglaterra, gastei as calorias que consumia nos pubs à noite e ainda aproveitei o momento para colocar minha cabeça em ordem.
O grande dia foi muito mais árduo do que todo mundo esperava. O calor de 38 °C e a tapioca com calabresa que comi no café da manhã fizeram o percurso ser impiedoso. Mas quer saber? Completei os 21K em 2 horas e 23 minutos e com um sorriso de orelha à orelha. Aproveitei cada passo, cada paisagem e cada companhia. Depois disso, a corrida se tornou uma forte aliada para os dias em que tenho pouco tempo para treinar ou quando estou viajando.
2. Funcional queima e define
Como tenho quatro cirurgias nos joelhos, precisei colocar a musculação na minha rotina fitness para conseguir jogar handebol sem correr risco de me machucar. Só que eu não suportava fazer sempre os mesmos movimentos naquelas máquinas enormes e acabava faltando. Foi aí que em abril, também por causa de um desafio da redação (sim, meu trabalho é muito legal!), comecei a treinar no Instituto Cau Saad.
O funcional logo me conquistou com as infinitas possibilidades de exercícios: abdominal com bola medicinal, agachamento com kettlebell, salto no step… Tudo é muito mais dinâmico e você consegue melhorar outras aptidões além da força, como fôlego e coordenação. Em sete meses, sequei quatro quilos e percebo que meus braços estão muito mais definidos. Hoje, até minha irmã e minha mãe são alunas do Instituto – outro ponto positivo é que um mesmo exercício pode ser adaptado para diferentes níveis, das mais atletas aos mais sedentários.
3. Ter um personal não deixa você faltar
Seis da manhã, o despertador toca. Desligar? “Claro, eu mereço mais duas horinhas de sono.” Não mais! Agora, o pensamento que vem à cabeça antes mesmo de abrir os olhos é: “O professor está me esperando e não dá tempo de cancelar.” Talvez, essa tenha sido a principal mudança no ano: ter o compromisso com um profissional logo cedo. Se eu cancelo o treino, além de ter ocupado um espaço na agenda do Instituto (que é superconcorrida), também terei gastado dinheiro em vão. Pior ainda é saber que alguém se programou para me atender e eu não apareci – imagine se fizessem isso com você no trabalho.
Durante todo esse tempo, faltei apenas duas vezes. E quer saber? Depois de cinco minutos em pé, a preguiça já nem aparece mais. Se você não tem um personal, foque na grana desperdiçada ou mesmo no arrependimento que você sentirá à noite. Afinal, o tempo livre você tem para o exercício, basta um pouquinho de vontade para superar o cansaço.
4. Caminhar também é exercício
No final do ano passado, decidi deixar meu carro na garagem para economizar dinheiro. Só que, para minha felicidade, os benefícios foram além da carteira. Tenho certeza de que os quilinhos que perdi também estão ligados a uma rotina mais ativa durante o dia.
Faço questão de subir as escadas normais do metro e caminhar o máximo possível quando tenho compromissos em bairros vizinhos – e tempo sobrando, é claro. Recentemente, minha irmã me convenceu a tirar o pó da minha bike e ir pedalando até o treino pela manhã. Chego mais rápido do que de carro! Além disso, continuo encarando algumas atividades lúdicas – como andar de patins no Minhocão com as amigas – como um ótimo exercício para os domingos ensolarados.