Alface crespa, maçã, milho, morango, pimentão verde, tomate, farinha de trigo e soja em grão são os alimentos que foram avaliados pela Proteste Associação de Consumidores para medir a presença de pesticidas e agrotóxicos. E, de acordo com os resultados da investigação, a situação não é boa para nenhum desses itens.
Foram analisadas, em laboratório, 30 amostras desses alimentos, adquiridas em supermercados e feiras de São Paulo e do Rio de Janeiro. Em 14% delas, os níveis de pesticidas estavam acima dos recomendados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Mais: em 37% das amostras havia substâncias não autorizadas para o plantio dos alimentos e outras que são proibidas no Brasil, porque não tiveram sua segurança comprovada.
De acordo com os testes, o campeão de pesticidas é o pimentão verde. Entre as quatro amostras estudadas (duas compradas em São Paulo e duas no Rio de Janeiro), foram identificados 19 resíduos de pesticidas, sendo que nove deles não são permitidos pela Anvisa para o cultivo desse alimento.
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O morango ficou em segundo lugar com metade das amostras contendo agrotóxicos que não são liberados pela entidade para o plantio da fruta. A soja, o tomate, a maçã, o milho e a farinha de trigo tampouco estão bem na fita: todos apresentavam níveis de pesticidas acima do recomendado, sendo que na fruta mais usada no molho do macarrão foram encontrados resíduos de produtos proibidos no país. Quem se saiu melhor foi a alface, que demonstrou ter menos resíduos de pesticidas – mas, ainda assim, algumas substâncias identificadas estavam acima do permitido.
A solução para mudar esse cenário seria que todos esses produtos maléficos deixassem de ser usados em excesso. Mas, enquanto isso não acontecer, a Proteste orienta que o melhor é cultivar uma horta em casa e, sempre que possível, comprar produtos orgânicos certificados. Só assim você poderá garantir que aquilo que está no seu prato vai mesmo fazer bem para a sua saúde.
