Começar a malhar após os 40 faz tão bem quanto iniciar jovem, diz estudo
Pesquisa americana comprova que nunca é tarde demais para começar a malhar
O que parece mais benéfico para você: começar a praticar exercícios físicos depois dos 40 ou ser adepta ao estilo fitness desde sempre? Pode parecer estranho, mas pesquisadores descobriram que tanto faz — os riscos de desenvolvimento de doenças cardíacas são os mesmos.
O estudo, publicado no periódico JAMA Network Open no início de março, acompanhou mais de 315 mil americanos cujas idades variavam de 15 até 61 anos. Eles foram agrupados de acordo com níveis de adesão a esportes e saúde do coração. A conclusão, então, foi que as pessoas ativas na adolescência, mas não mais tarde na vida, obtiveram poucos resultados em comparação com quem sempre foi sedentário.
Por outro lado, quem parou de se exercitar entre 20 e 30 anos, mas recuperou o hábito mais tarde (40-61 anos), pode se beneficiar tanto quanto as pessoas que mantiveram a atividade durante toda a sua vida.
A pesquisa só reforça o que você provavelmente já deve ter ouvido do médico: nunca é tarde para começar. “Sabemos que os exercícios físicos são importantes para combater diversas doenças, que vão desde os problemas respiratórios até o Alzheimer, como comprovaram estudos recentes”, diz o endocrinologista e cardiologista Guilherme Renke, sócio da Clínica Nutrindo Ideias, em São Paulo e no Rio.
E apesar de o recomendado pela comunidade médica ser de 150 minutos de sessões de suor por semana, é preciso prestar atenção nas suas necessidades. Isso porque algumas pessoas precisam trabalhar o fortalecimento, já outras aumentar a resistência… A performance muda até em cada horário do dia. “Os aeróbicos são melhores pela manhã, mas isso depende muito da dinâmica de vida de cada um”, explica Guilherme.
Aliar os exercícios com práticas que diminuam a ansiedade e o estresse também é ótimo para o coração, afirma o médico. “Vale também apostar em uma vida social ativa, com muitas atividades ao ar livre. Isso é importante para a diminuição de risco de doenças crônicas, porque hoje temos uma tendência de ficar enclausurados e isso é ruim para a saúde também”, diz Guilherme.