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Patrícia Ramos treina para amenizar sintomas da endometriose: funciona?

Apresentadora do BBB contou que usa as atividades físicas como parte de seu tratamento para a endometriose

Por Ana Paula Ferreira
3 abr 2024, 12h00

A influenciadora e apresentadora do BBB Patrícia Ramos, de 23 anos, compartilhou no Instagram seu diagnóstico de endometriose. Diante disso, ela afirma que passou a cuidar mais de sua saúde, começando inclusive uma rotina de exercícios como parte fundamental de seu tratamento para endometriose, mesmo enfrentando o desconforto menstrual.

Caracterizada pelo crescimento anormal de tecido semelhante ao endométrio fora do útero, a doença é frequentemente acompanhada por sintomas debilitantes, incluindo dor pélvica intensa, desconforto durante o sexo e alterações no ciclo menstrual. No mundo, são 176 milhões de diagnósticos, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). No entanto, relatos indicam que a prática regular de exercícios pode, de fato, desempenhar um papel crucial no manejo desses sintomas.

Exercícios amenizam sintomas da endometriose?

De acordo com Patrick Bellelis, especialista em endometriose e colaborador do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, o impacto positivo da atividade física no contexto da endometriose está ligado a vários fatores. “Em primeiro lugar, o exercício estimula a liberação de endorfinas, neurotransmissores associados à sensação de bem-estar, contribuindo para a redução da percepção da dor. Além disso, a atividade física regular promove o fortalecimento muscular, o que pode oferecer suporte estrutural e aliviar a tensão nas áreas afetadas pela endometriose”, comenta.

Práticas como yoga e pilates, conhecidas por enfatizar a conexão entre corpo e mente, têm se destacado como formas benéficas de exercício para mulheres com endometriose. Essas atividades não apenas proporcionam alívio físico, mas também podem trazer equilíbrio emocional, ajudando a gerenciar o estresse e a ansiedade frequentemente associados à condição.

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Além disso, exercícios aeróbicos, como caminhadas e corridas leves, têm apresentado resultados positivos na redução da dor e na melhoria de anormalidades posturais associadas às dores pélvicas. Essa conclusão foi derivada de um estudo publicado no Journal of Physical Therapy Science, que analisou os efeitos de um programa de oito semanas de exercícios.

“A relação entre endometriose e atividade física revela-se um campo promissor para o gerenciamento integrado dessa condição. Ao incorporar exercícios regulares como parte do plano de cuidados, mulheres podem experimentar melhorias significativas em sua qualidade de vida, fornecendo uma abordagem holística e multidisciplinar no enfrentamento da doença”, aponta o especialista.

Entretanto, o médico ressalta que qualquer programa deve ser personalizado e adaptado às necessidades individuais, levando em consideração a gravidade dos sintomas e a capacidade física de cada mulher. Então, antes de iniciar um regime de exercícios, é aconselhável consultar um profissional de saúde capaz de orientar sobre as práticas mais adequadas e seguras.

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