Quer começar a correr? Fuja destes 5 erros comuns

A modalidade deve ser praticada com cuidado e muita atenção para evitar lesões. Entenda!

Por Juliany Rodrigues
17 Maio 2025, 18h00
erros comuns na corrida
Médico lista cinco erros comuns durante a prática de corrida | (roxanawilliams1920/Pixabay)
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A corrida se popularizou nos últimos tempos, tornando-se a modalidade favorita de muitas pessoas por aí. Além de ser prática e acessível, ela traz uma série de benefícios à saúde, incluindo melhora da saúde cardiovascular, fortalecimentos dos músculos, diminuição do risco de doenças crônicas e combate ao estresse.

Se você pretende incluir a corrida no seu dia a dia, saiba que alguns cuidados são considerados fundamentais para evitar lesões.

“Em corredores mais iniciantes, as lesões mais comuns são as musculares, o edema ósseo subcondral e as fraturas por estresse, que, muitas vezes, ocorrem porque o indivíduo fez uma atividade de impacto para a qual ainda não está preparado ou condicionado”, explica o Dr. Marcos Cortelazo, ortopedista especialista em joelho e traumatologia.

A seguir, confira cinco erros comuns que podem atrapalhar o seu progresso na corrida e até mesmo colocar a sua saúde em risco.

Erros comuns na corrida

1. Se empolgar demais

A empolgação de quem está começando a correr é muito importante para garantir que a prática seja prazerosa e vire um hábito. Mas ela precisa ser dosada.

Não adiantar querer correr todos os dias ou longas distâncias sem ter o preparo necessário. “Esse é um grande erro, pois frequentemente leva a lesões. O ideal é começar a correr pequenas distâncias em dias alternados”, afirma Cortelazo.

“Uma boa base para começar é de cerca de quatro a cinco quilômetros e, então, fazer a progressão de maneira gradual”, aconselha.

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Segundo o médico, o descanso é indispensável para não sobrecarregar os ossos, as articulações e os músculos, principalmente no início. O recomendado é ter um intervalo de dois dias entre as corridas.

“Após a prática, a musculatura está fadigada com o acúmulo de ácido lático, então, o desempenho não será tão bom se você tentar correr novamente logo em seguida”, ressalta.

2. Não se aquecer

O aquecimento ajuda a preparar o corpo para encarar a intensidade do treino.

“Aquecer é importante para que ocorra um aumento de aporte sanguíneo para as estruturas musculares e uma circulação do líquido sinovial, que embebe e nutre as cartilagens. Também serve para adequar o ritmo de respiração e a frequência cardíaca”, diz o Dr. Marcos.

O indicado é, antes de trotar e correr, realizar uma caminhada leve por cerca de 10 a 15 minutos.

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3. Não se preparar

Segundo o médico, para correr, é fundamental ter um preparo adequado, afinal, a prática exige um esforço físico considerável e é considerada de alto impacto.

“Para praticar corrida, é importante desenvolver um bom condicionamento físico e fortalecer a musculatura, seja com a musculação ou algum outro exercício”, fala ele.

“Se os músculos da região estiverem fracos, a locomoção fica prejudicada e a articulação mais propensa ao desgaste e danos”, ressalta.

4. Utilizar tênis inadequados

“O calçado deve oferecer estabilidade, possuir um tamanho adequado para seu pé e, claro, ser confortável. Os tênis para corrida também devem ser mais leves e ter um sistema de amortecimento mais sofisticado”, orienta o ortopedista.

Também fique de olho na vida útil do calçado, que depende de questões como frequência de uso, distância percorrida, superfície em que é usado, peso do corredor, qualidade do amortecimento e até biomecânica individual.

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“No geral, estima-se que um tênis de corrida dure, aproximadamente, 480 a 800 km. A taxa de impacto de um corredor começa a aumentar com 65% da vida útil sugerida e aumenta drasticamente após 110%”, detalha o médico.

Solas desgastadas, amortecimento comprometido, surgimento de dores e mudanças no padrão da pisada podem sugerir que está na hora de trocar o tênis.

5. Ignorar os sinais do corpo

Ao sentir dores ou incômodos durante ou após a corrida, o melhor a se fazer é dar um tempo na prática.

“Preste atenção a sinais como fadiga, dor de cabeça, dor muscular ou articular, que podem indicar que o ritmo está inadequado, não houve o devido descanso ou ainda não existe um condicionamento que dê o suporte para corrida”, diz.

Se esses desconfortos persistirem ou piorarem, vale acender um sinal de alerta. “Nesses casos, é fundamental buscar um ortopedista o quanto antes para passar por uma avaliação e receber o diagnóstico e o tratamento adequado”, finaliza o Dr. Marcos Cortelazo.

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