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Amar ou odiar exercícios pode ser definido pela sua genética

Estudo americano prova que a sensação de bem-estar após a atividade física varia de pessoa para pessoa – e isso define quem vai gostar ou não de treinar

Por Giulia Granchi
Atualizado em 9 nov 2016, 19h50 - Publicado em 9 nov 2016, 19h46

Por que certas pessoas têm disposição para treinar cinco vezes por semana ou, ainda, têm um pique invejável para acordar antes das 6 da manhã para uma corrida enquanto outros mortais não encontram ânimo nem para matricular-se na academia? O cientista Rodney Dishman, da Universidade da Geórgia, talvez tenha a resposta: a pré-disposição para gostar ou não de exercícios pode ser genética.

Em um estudo, ele descobriu que os genes, especificamente aqueles que modulam a dopamina (neurotransmissor liberado pelo cérebro), podem desempenhar um papel na propensão que as pessoas têm para amar ou odiar exercícios físicos. “Nosso estudo sugere que as variações nos genes que se comunicam com a dopamina e outros neurotransmissores estão diretamente ligados a um nível alto ou baixo na atividade física”, explica Rodney. Segundo o pesquisador, evidências científicas sugerem que algumas partes do cérebro, ligadas aos movimentos e ao sistema motor, interagem para fazer com que as pessoas escolham ou evitem se exercitar.

A pesquisa de Dishman também considerou personalidade e traços comportamentais, tais como estabelecimento de metas, autocontrole, aptidão e níveis de habilidade, influências sociais, acesso a atividades físicas e outros fatores que pesam na propensão para a escolha de uma vida fisicamente ativa.

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