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Cadeiras com apoio na lombar são mais indicadas para home office

Médico ortopedista recomenda tipos de assentos ideais para a melhor postura ao sentar, para prevenir tendinites e bursites

Por Ana Paula Ferreira
27 abr 2024, 10h00

Nos últimos anos, o home office aumentou consideravelmente em empresas de grande e médio porte, principalmente por influência da pandemia. A tendência, contudo, reforçou a busca por melhores posições e posturas para adequar ao trabalho em casa, como a adesão de cadeiras que, nem sempre, são as mais indicadas quando se pensa na saúde da coluna.

De acordo com o médico ortopedista Cleber Furlan, membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), as “cadeiras gamers” caíram no gosto do público nesse período devido ao bom apoio na lombar, que normalmente não é encaixada nos assentos comuns. Isso porque, em casos de pontos de apoio mal posicionados, a cadeira pode gerar condições de sobrecarga ao usuário devido à má distribuição do peso e consequente desequilíbrio da coluna ao se sentar.

Benefícios das cadeiras com apoio na lombar

“Quando a gente está sentado, não tem o apoio das pernas, não tem apoio dos pés. Então, todo o apoio é concentrado na coluna e na bacia. Se isso é apoiado na bacia, sem distribuir para ambas as pernas, para ambos os pés, você tem uma sobrecarga maior na coluna”, explica o ortopedista.

Furlan ainda esclarece que cada nível da coluna dispõe de um disco vertebral que atua como amortecedor do peso distribuído pelo corpo. Segundo ele, ao se sentar, o peso sobre essa região aumenta de duas a três vezes, o que incide uma degradação decorrente do excesso de apoio sobre uma estrutura que pode falhar.

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É nesse cenário que se observa o aumento de hérnias de disco, principalmente no contexto pós-pandêmico, quando o costume de permanecer sentado excede consideravelmente a recomendação médica – de trinta minutos a uma hora. Pensando nisso, a cadeira ideal permitiria que os joelhos se dobrassem de forma perpendicular (ou seja, a 90 graus) em relação à coxa, uma vez ajustada à altura correta para cada usuário, viabilizando a condição de equilíbrio da bacia.

Nessa direção, o ortopedista aponta que cadeiras fixas devem ser evitadas para atividades que envolvem telas, normalmente deslocadas para as laterais. Quando há rotação, torna-se possível ajustar a visão à tela sem necessidade de virar o pescoço. “A posição da tela deve ser na altura dos olhos. O cotovelo deve estar a 90 graus, portanto cadeiras com apoio lateral são mais indicadas para prevenir tendinites e bursites”, orienta Furlan.

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