1. Carne de jaca
Ela aparece na lista para 2017 da WGSN – empresa líder em previsão de tendências no mundo. A justificativa são os nutrientes que a fruta concentra: potássio (mineral importante para o controle da pressão arterial) e vitamina A (protege a saúde dos olhos). “Uma xícara de jaca oferece a dose diária ideal desses itens”, diz a nutricionista esportiva Thaís Barca de Moraes, de São Paulo.
Ainda é fonte de carboidrato e fibras e, por isso, rende um ótimo lanche pré-treino, pois libera energia aos poucos, o que garante combustível do começo ao fim da aula. Mas é a versatilidade (pode ser usada em receitas salgadas e doces) que mais tem despertado a atenção, em especial entre veganos e vegetarianos – depois de cozida, a jaca ainda verde lembra a textura de frango desfiado. Quer provar?
2. Intestino saudável
Não estranhe se, na próxima consulta ao seu nutricionista, ele perguntar como está a consistência, o formato e a cor do seu cocô. O aspecto das fezes sinaliza como anda a saúde do intestino e orienta o profissional para as mudanças adequadas na dieta. “Acrescentar ao cardápio probióticos [bactérias benéficas] e prebióticos [substâncias como as fibras, que alimentam os micro-organismhttps://mdemulher.abril.com.br/dieta/15-dicas-de-nutricionista-para-voce-emagrecer/os do bem] é importante para o equilíbrio da microbiota [conjunto de bactérias que habitam o intestino]”, diz Rodrigo Polesso, especialista em nutrição otimizada para saúde e bem-estar pela Universidade Estadual de San Diego, nos Estados Unidos.
A estratégia não é inédita, mas a necessidade de você manter o intestino saudável, capaz de absorver os nutrientes e evitar que as toxinas ultrapassem suas paredes e caiam na corrente sanguínea, foi reforçada em todos os congressos de nutrição de 2016. Alterações na microbiota ainda dificultam a perda de peso e derrubam a imunidade. O humor também fica prejudicado, pois boa parte da serotonina, neurotransmissor relacionado à sensação de bem-estar, é produzida no intestino – um dos motivos de ele ser considerado o nosso segundo cérebro.
3. Caju amigo
Ele é um forte candidato ao estrelato em 2017 por mais de um motivo. Por ter uma carga glicêmica baixa, modula os níveis de açúcar e de insulina no sangue, o que ajuda no controle do peso, segundo um estudo coordenado pelo nutricionista Luciano Bruno, de Piracicaba (SP), e publicado na revista científica canadense Food Research International. Luciano ainda afirma que os fitoquímicos benéficos da fruta auxiliam no controle da inflamação nas células, outra ação contra os quilinhos extras.
Não é só isso: “As substâncias do caju, especialmente a vitamina C, contribuem para a prevenção de doenças cardiovasculares, na redução dos níveis do colesterol e dão suporte ao sistema imunológico – inclusive são capazes de proteger o organismo dos impactos do stress e da poluição”, afirma a nutricionista esportiva Thaís Barca de Moraes. Sugestão: beber todos os dias um copo de suco da fruta (se possível, sem açúcar), especialmente se você mora numa cidade como São Paulo.
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4. Coach de emagrecimento
Se você está sem ânimo para enxugar as medidas, pense na possibilidade de recorrer a um coach de emagrecimento. O trabalho do profissional formado em coaching surgiu tímido e, aos poucos, vem ganhando espaço. Ele ajuda a encontrar o estímulo que falta para você seguir a dieta indicada por um nutricionista. Para isso, aplica metodologias e técnicas comprovadas pela ciência (criar um diário alimentar; fazer uma lista com seus pontos fortes e aqueles que gostaria de melhorar), segundo a coach Regiane Silva, de São Paulo. Mas o método vai além de resolver as questões relacionadas à alimentação e à dificuldade de perder peso.
Outro papel do coach é fazer com que você se sinta bonita e feliz, independentemente de quanto está insatisfeita com o corpo. E, com isso, resgatar sua autoestima. “Assim fica mais fácil identificar suas qualidades e, em especial, descobrir por que ainda não fez nada efetivamente para mudar aquilo de que não gosta e a incomoda”, diz a coach Vivian Barbosa, de São Paulo. São necessárias entre sete e dez sessões, quando geralmente você percebe que pode seguir sozinha.
5. Jejum intermitente
No início, a ideia provocou burburinho entre nutricionistas e médicos. Mas os estudos, um deles da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, mostraram que o jejum intermitente, geralmente entre 16 e 18 horas (contando com o período de sono), não só emagrece como melhora a saúde. Passar esse tempo sem comer faz com que você entre em autofagia – mecanismo natural do organismo para reparar e reciclar as células, muito associado à longevidade. “Ainda melhora o controle dos níveis de glicose no sangue e eleva a sensação de saciedade e de bem-estar, além de acelerar o metabolismo e aumentar a queima de gordura”, afirma Rodrigo Polesso.
Mas atenção: não é para passar o dia todo sem comer – isso só vai fazer com que você fique fraca e propensa a engordar. A proposta do jejum intermitente é apenas para você mudar o intervalo entre as refeições: se jantar às 19 horas, empurre o café da manhã do dia seguinte para mais tarde ou adiante o almoço. E não vale comer qualquer coisa – seu cardápio deve ser saudável.
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6. Foodmaps no radar
Parece o nome de um novo aplicativo de localização, mas não é. Fodmaps são um conjunto de carboidratos presentes em alimentos que costumam entrar no seu cardápio do dia a dia, como cebola, alho, maçã, manga, trigo, leite e derivados, mas que nem todo mundo tem facilidade de digerir corretamente. Aí, quando chegam ao intestino, eles provocam inflamação na mucosa. Os sintomas não são nada agradáveis. “Quem é sensível ou intolerante sofre com gases em excesso, cólica e diarreia toda vez que ingere esse tipo de alimento”, explica a nutricionista funcional e esportiva Laís Murta, de São Paulo. Mais para a frente, piora: aumenta a sensibilidade alimentar e a má absorção de nutrientes.
Daí a tendência de os especialistas sugerirem que você suspenda os fodmaps por um tempo: de 30 a 90 dias. Nesse período, entram na dieta apenas itens com baixo carboidrato desse tipo (pepino, banana, uva, leite de coco, farinha e aveia sem glúten), gorduras saudáveis e proteínas. Depois eles são reintroduzidos gradualmente para que você possa observar se ainda há alguma intolerância, mas geralmente boa parte dos alimentos volta a fazer parte da rotina alimentar.
7. Ômega-3 + vitamina D
A dupla tem tudo para virar mania nas academias. São nutrientes com ação anti-inflamatória e imunomoduladora. Em outras palavras: ajudam o organismo a lidar melhor com as mudanças nos músculos que ocorrem durante a adaptação aos exercícios. As vantagens vão além da recuperação e de um maior ganho de massa muscular. “Tanto o ômega-3 quanto a vitamina D aumentam o rendimento físico e amenizam a dor pós-treino”, afirma a nutricionista Neiva Souza, da VP Centro de Nutrição Funcional, em São Paulo.
Mas não vá além das medidas recomendadas pelo Instituto de Medicina dos Estados Unidos: de 800 a 1000 UI para a vitamina D (1 gema de ovo tem 41 UI) e de 200 a 500 miligramas para o ômega-3 (2 colheres de sopa de semente de chia oferecem 30 gramas). Os nutrientes também são encontrados nestes alimentos: peixe, alga marinha, semente de linhaça, nozes e castanhas. Se preferir recorrer à suplementação (na forma de cápsulas e gotas), siga as orientações do seu médico ou nutricionista, especialmente no caso da vitamina D.