Primeiro vieram os produtos oil free, ou seja, livres de óleo, indicados especialmente para a pele com tendência a cravos e espinhas – e já fazem parte do nosso dia a dia. Agora, algumas marcas de cosmético estão levantando novas bandeiras e apresentando fórmulas livres de outros tipos de substância, como o parabeno, o sulfato e o silicone. Mas, afinal, vale investir nesse tipo de produto? Mika Yamaguchi, farmacêutica e diretora científica da Biotec Dermocosméticos, em São Paulo, explica os benefícios de retirar tais ativos da composição.
Parabeno
Trata-se de um conservante antigo e muito usado tanto na indústria cosmética como alimentícia. Alguns estudos relacionaram a substância ao câncer de mama, mas sem provas contundentes. “O parabeno pode causar irritação na pele, especialmente a sensível. Por isso, vale a pena trocá-lo por outro tipo de conservante”, fala Mika Yamaguchi.
Sulfato
Presente nos xampus e encontrado no rótulo como lauril éter sulfato de sódio, é a substância que remove a sujeira e a oleosidade do fio. Mas está sendo apontado como um agente que danifica o cabelo. “De fato, ele abre as escamas. Por isso, deve estar contido em uma fórmula mais emoliente, que equilibre a ação dele”, diz Mika. Existem detergentes mais suaves, que prometem agredir menos o cabelo danificado (mas quase não fazem espuma) e podem, sim, beneficiar os fios extremamente danificados.
Silicone
Estamos falando de uma molécula grande, derivada do petrolato, que pode pesar no cabelo ou ocluir a pele. “A tendência é optar por ativos menos químicos, mais orgânicos, que tenham afinidade com a estrutura da pele e do cabelo, tratando-os”, explica Mika. No lugar do silicone, muito utilizado para dar brilho e suavidade aos fios, entram os óleos.
