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Consumo excessivo de proteína: os impactos no coração

Nutricionista aponta os possíveis efeitos do consumo de proteína em excesso para a saúde cardiovascular

Por Ana Paula Ferreira
Atualizado em 10 jun 2024, 13h51 - Publicado em 8 jun 2024, 10h00

Uma dieta que traz o consumo de proteína em excesso pode influenciar negativamente a saúde do coração, levantando questões sobre os padrões atuais de consumo. Foi o que apontaram pesquisadores da Universidade de Pittsburgh em um estudo publicado na revista Nature Metabolism: eles descobriram que dietas com mais de 22% de proteínas estão fortemente ligadas ao aumento do risco de aterosclerose, um fator determinante para doenças cardíacas.

De acordo com Raquel Siqueira, nutricionista e professora de Nutrição da Faculdade Anhanguera, é importante que se tenha conhecimento dos efeitos adversos do consumo excessivo de proteínas, especialmente de fontes animais ricas em gorduras saturadas e colesterol. “O acúmulo de placas de gordura nas artérias aumenta os riscos de doenças cardíacas, como aterosclerose, hipertensão e doença coronariana. Recomenda-se priorizar fontes magras de proteína e manter uma dieta equilibrada para preservar a saúde cardiovascular, especialmente entre os idosos”, ela alerta.

Quanta e qual proteína é melhor consumir?

Segundo a profissional, determinar uma quantidade ideal de proteína para promover a saúde do coração é uma questão complexa e multifatorial, que leva em consideração não apenas a saúde cardiovascular, mas também outros aspectos da saúde e do estilo de vida do indivíduo. “Para adultos saudáveis, as diretrizes dietéticas geralmente recomendam uma ingestão de proteínas que varia entre 10% e 35% das calorias totais consumidas diariamente. No entanto, é importante destacar que essa faixa é ampla e pode ser adaptada de acordo com as necessidades individuais e objetivos de saúde”, explica Raquel.

Além disso, o tipo de proteína consumida é crucial para a saúde cardiovascular. A professora enfatiza que aquelas de origem animal, especialmente presentes em carnes gordurosas e laticínios integrais, tendem a aumentar os níveis de colesterol LDL e a pressão arterial, contribuindo para a aterosclerose e doenças cardíacas. Por outro lado, proteínas vegetais são isentas de colesterol e podem ajudar a reduzir a pressão arterial devido ao seu teor de fibras e antioxidantes.

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“Além disso, dietas ricas em proteínas vegetais estão associadas a uma redução na inflamação e melhoria na função endotelial, importantes para a saúde cardiovascular. Optar por proteínas vegetais pode beneficiar a saúde do coração, mas equilibrar a dieta é essencial para promover uma boa saúde cardiovascular”.

Melhores opções de proteína para a saúde

Pensando em auxiliar no equilíbrio entre proteínas e alimentos que podem minimizar os riscos para saúde cardiovascular, a profissional indicou alguns itens que podem ser aliados nesse processo, confira:

“É importante evitar o consumo excessivo de proteínas de origem animal ricas em gorduras saturadas e colesterol, como carnes processadas e produtos de charcutaria. Uma abordagem equilibrada, combinando fontes de proteína magra com outros nutrientes essenciais, como fibras, vitaminas e minerais, é fundamental para manter a saúde cardiovascular e reduzir os riscos associados a doenças cardíacas”, finaliza Raquel.

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