As veias funcionam como o encanamento do corpo – é por elas que o sangue circula. “Quando os vasos perdem a elasticidade, o líquido acumula e eles dilatam, formando as varizes”, explica o angiologista Marcelo Monteiro, do Rio de Janeiro. Elas surgem em quem tem genética desfavorável e quando há fatores que acentuam o risco (sobrepeso, tabagismo e variações hormonais, como na gravidez).
A aparência das pernas não é garantia de nada – ao contrário do que se pensa, varizes não são sempre visíveis. “Enxergar veias depende da cor e da espessura da pele, além da quantidade de gordura ao redor delas.” Mas um exame feito por um angiologista pode apontar se seus vasos têm pouca elasticidade. Em caso de histórico familiar, vale a pena tirar a dúvida.
Pernas em movimento
Exercícios não pioram varizes; sedentarismo, sim. Atividades aeróbicas, como a caminhada e a corrida, são as mais indicadas nesse caso, porque estimulam a circulação. Também é importante desenvolver os músculos das panturrilhas, que bombeiam o fluxo de sangue das pernas de volta para o coração. Agora, quem tem veias dilatadas não pode exagerar nas anilhas. “Durante os treinos com peso, a pressão no abdômen aumenta e o sangue sai dali direto para as pernas, causando uma sobrecarga”, explica Marcelo.
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Sem passar aperto
Meias de compressão são indispensáveis para quem tem doença venosa porque controlam sintomas. Mas não adianta correr com elas pensando que não vai ter varizes. “Com as meias, as veias não dilatam e a circulação acelera. O resultado é apenas menos inchaço nas pernas.” O acessório ainda traz um benefício para todas as mulheres. “Como ele aumenta o fluxo venoso, há mais oxigênio circulando e, por isso, menos liberação de ácido lático (que causa a fadiga muscular)”, diz Marcelo. Se você não sente desconforto, use-as à vontade.
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