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Pesquisa prova que usar protetor solar não interfere na vitamina D

Em estudo inédito. dermatologistas mostram que usar filtro solar não prejudica as taxas desse nutriente

Por Giulia Granchi
Atualizado em 2 Maio 2024, 12h52 - Publicado em 14 Maio 2018, 15h47
Mulher passando protetor solar no ombro
 (paultarasenko/Thinkstock/Getty Images)
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Você já deve ter ouvido que a vitamina D é essencial para o bom funcionamento do organismo. Para ter ideia, a falta desse nutriente pode causar problemas físicos e cognitivos, além de aumentar o risco de doenças autoimunes, infecciosas, cardiovasculares e tumores malignos.

Para garantir a quantidade necessária, especialistas indicam, além de uma dieta balanceada, tomar sol. É por meio dele que garantimos cerca de 90% da vitamina D. “A síntese é feita pelos raios ultravioletas B, que estão presentes entre 10 horas da manhã e 4 horas da tarde”, explica a dermatologista Clívia Carneiro, professora adjunta da Universidade do Pará e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). “Por outro lado, esse é o horário que também oferece maior dano para o DNA, aumentando a probabilidade câncer de pele“, pondera.

A principal forma de prevenir esse tipo de tumor – o mais incidente no Brasil – é usando filtro solar. Mas há divergências no mundo da ciência sobre como (e se) o produto interfere na vitamina D. Por isso, especialistas da SBD conduziram uma pesquisa com 95 pessoas, que foram divididas em três grupos: um que ficou privado da exposição solar por 24 horas; outro que tomou de 10 a 15 minutos de sol com protetor; e um terceiro que recebeu os raios solares pelo mesmo período, mas sem filtro solar. 

Os níveis de vitamina D no sangue dos participantes foram medidos na manhã antes do experimento e um dia depois. O resultado revelou que não houve grandes diferenças entre as turmas e que a síntese ocorreu pouco tempo depois de se exporem ao sol – mesmo com protetor. Isso mostra que não é preciso passar muito tempo sob a radiação para garantir a dose certa dessa vitamina. “Num país de clima tropical como o Brasil, atividades diárias ao ar livre são suficientes. Ao caminhar na rua, estender roupa no varal ou praticar algum exercício outdoor, você já estará adquirindo a vitamina”, garante Clívia.

O tom de pele também importa: quem tem pele clara costuma produzir a vitamina de forma mais eficiente; já pacientes mais morenos demoram mais a sintetizá-la. “Por outro lado, essas pessoas também têm mais melanina, o que garante maior proteção contra o câncer de pele”, esclarece a dermatologista.

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De acordo com a médica, aqueles que não conseguem atingir as taxas adequadas naturalmente devem tomar suplementos. Mas nada de fazer isso por conta própria! “Feita de maneira aleatória, a suplementação pode causar fadiga, mal-estar, dor estomacal, sinais de intoxicação e até insuficiência renal”, adverte Clívia.

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