Já imaginou identificar pelo celular se aquele mosquito que ronda você durante a noite é um pernilongo ou um Aedes aegypti, que transmite dengue, zika e chikungunya? Bom, no que depender de um grupo de estudantes da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, isso será possível num futuro não muito distante. É que, em um estudo recente, os jovens pesquisadores mostraram que celulares são capazes de registrar com precisão a frequência com que esses insetos batem as asas, que – acredite – é diferente entre as espécies.
E não precisa ser um smartphone de última geração para fazer esse reconhecimento. Até aparelhos simples conseguem detectar qual mosquito chato está tirando o seu sossego, como constataram os cientistas. Segundo o jornal americano The New York Times, a ideia da iniciativa é mobilizar pessoas do mundo inteiro para mandarem, via celular, o áudio de um mosquito que pousar nelas. Aí, a partir de coordenadas registradas por GPS, seria possível construir um mapa mundial da distribuição desses bichinhos.
Leia também: 5 passos para espantar o Zika
Em entrevista ao Times, Haripriya Mukundarajan – estudante de engenharia mecânica que apresentou o projeto na última conferência anual da Sociedade Americana de Medicina e Higiene Tropical – revelou que é necessário gravar menos de meio segundo do voo de um mosquito para identificá-lo. E os aparelhos móveis são capazes de fazer essa detecção até em ambientes muito barulhentos.
Vale ressaltar, contudo, que a iniciativa de Haripriya e seus colegas ainda está em fase de estudos e deve levar um tempo até que o projeto esteja amadurecido o suficiente para entrar no mercado. Por enquanto, não deixe de apostar em outras medidas já comprovadas para combater o mosquito da dengue e outros insetos inconvenientes, como o uso de repelentes e a extinção de possíveis criadouros, a exemplo daquele seu vasinho de planta que só junta água