Jornadas muuuuito longas de trabalho têm um efeito negativo sobre o humor, os níveis de stress e até a cintura. Agora, um novo estudo realizado pela University College London, no Reino Unido, veio para adicionar mais um item a essa lista: o coração.
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Os pesquisadores ingleses, após analisarem os dados de mais de 85 mil pessoas, descobriram que trabalhar 55 horas semanais em vez das costumeiras 40 ou 44 horas, aumenta em 40% o risco de desenvolvimento de fibrilação atrial (FA), que é quando o coração começa a funcionar em um ritmo irregular, provocando má circulação sanguínea e, possivelmente, derrames.
E pior: 90% dos participantes da pesquisa que desenvolveram FA não apresentavam nenhuma pré-disposição ou fator de risco para problemas cardiovasculares no início do estudo (como idade avançada, diabetes ou o hábito de fumar), o que sugere que o excesso de trabalho é realmente o culpado pelo aparecimento da complicação.
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Os autores da pesquisa afirmam que é necessário uma análise mais detalhada para entender como exatamente uma longa jornada de trabalho pode desencadear esse tipo de problema, mas acreditam que o stress mental, a pressão e a exaustão que acompanham as madrugadas em claro no escritório desempenham um papel importante no desenvolvimento da doença.
Se isso já não fosse suficiente para fazê-la querer voltar para casa quando o relógio dá 18h, saiba que um outro estudo publicado no periódico americano Journal of Occupational and Environmental Medicine também relacionou as 55 horas de trabalho na semana ao aumento do risco de câncer, diabetes, asma e artrite, especialmente entre as mulheres. Melhor não arriscar e voltar pra casa assim que der seu horário para poder descansar o corpo e a mente, não acha?