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Exercícios + alimentação saudável: o combo que previne o diabetes

Essa doença – que atinge 415 milhões de pessoas no mundo – pode ser facilmente evitada (e controlada) a partir de um estilo de vida equilibrado e ativo

Por Luiza Monteiro
Atualizado em 19 out 2018, 09h42 - Publicado em 14 nov 2016, 13h12
Halteres, garrafas de água, maçãs e toalha
 (K-Paul/Thinkstock/Getty Images)
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O diabetes parece ser uma doença muito distante da sua realidade? Algo que só poderia aparecer daqui a muitos anos, quando você estiver perto da terceira idade? Hora de mudar esse pensamento! Principalmente se uma rotina de atividade física e hábitos alimentares balanceados ainda não faz parte do seu dia a dia. Essas duas práticas são as grandes responsáveis por diminuir o risco de os níveis de glicose no sangue ficarem descontrolados – o que caracteriza o diabetes tipo 2, o mais comum em adultos. Para ter ideia, 70% dos casos dessa enfermidade poderiam ser prevenidos ou retardados a partir da adoção de um estilo de vida saudável, de acordo com a Federação Internacional de Diabetes (IDF, na sigla em inglês).

Mas, porque muitos preferem levar uma vida sedentária e cheia de exageros à mesa, os índices dessa doença vêm crescendo em proporções assustadoras. Dados de 2015 da IDF apontam que 415 milhões de homens e mulheres com idades entre 20 e 79 anos têm diabetes no mundo. E esse número tende a aumentar: em 2040, a previsão é que o total global de diabéticos chegue a 640 milhões. O cenário fica ainda mais preocupante quando se sabe que um em cada dois indivíduos apresenta a doença, mas não foi diagnosticado. E a quantidade de gente que morre devido ao problema é grande: só no ano passado, 5 milhões de pacientes tiveram como causa de morte o diabetes.

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Território verde e amarelo

Por aqui, a doença também faz (muito!) estrago. Com 14,3 milhões de pessoas que apresentam um sangue, digamos, adocicado, o Brasil é o quarto país no ranking de nações que reúnem mais diabéticos. Ficamos atrás apenas de China (109,6 milhões), Índia (69,2 milhões) e Estados Unidos (29,3 milhões), segundo a IDF. A estimativa é que 10% da nossa população tenha a glicemia elevada. É muita gente!

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Segundo o endocrinologista Márcio Krakauer, da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), a explicação para essa realidade é o fato de os brasileiros estarem se exercitando menos e comendo mais produtos industrializados e com altas taxas de gordura e açúcar. O resultado não podia ser outro: um crescimento das desordens metabólicas, como obesidade e, claro, diabetes. “Trinta minutos por dia de atividade física intensa ou moderada já são capazes de prevenir a doença”, alerta Krakauer.

No entanto, mexer o esqueleto e incluir frutas, verduras e legumes no prato parece ser mais difícil do que sofrer com os efeitos da glicose descontrolada – que, a longo prazo, incluem problemas de circulação, disfunções nos rins e doenças oftalmológicas (a exemplo de glaucoma e catarata). É o que sugere uma pesquisa feita pela farmacêutica alemã Merck e pela SBD com 2 mil homens e mulheres de todo o país, na faixa dos 16 aos 55 anos de idade. Para entender como os brasileiros (diabéticos e não diabéticos) se relacionam com a doença, foram realizadas entrevistas pessoais em 142 municípios de todas as regiões.

Os resultados mostram que 29% daqueles que têm diabetes diagnosticaram o problema em um exame de rotina – ou seja, nem suspeitavam que pudessem estar doentes. Isso até faz sentido se pensarmos que, no começo, não há sintomas. As complicações de não controlar a glicemia vão aparecer só lá na frente, quando os estragos já forem grandes.

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O que muitos parecem não saber é (de novo!) da importância da prática de atividade física e da adoção de hábitos alimentares saudáveis para enfrentar a doença. No levantamento, 66% dos participantes com diabetes declararam que as consultas médicas são a principal forma de controlar a doença. A alimentação veio em segundo lugar (62%) e os exercícios em terceiro, mas com apenas 10% das respostas. Ao mesmo tempo, as pessoas sabem que deveriam ir à academia ou fazer caminhadas e comer bem – 92% concordam que esses são dois elementos fundamentais para manter as taxas de glicose sob controle.

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Entre os não diabéticos o cenário não é menos preocupante: um em cada três assumiu nunca ter medido a glicemia (!!). Além disso, 32% disseram ser pouco ou nada informados sobre os sintomas e as complicações da doença. Por outro lado, 88% consideram o combo atividade física + alimentação equilibrada parte essencial do controle ao diabetes. Que bom! Com mais #atitudeboaforma no dia a dia e conhecimento sobre os problemas que hábitos ruins podem nos causar, é provável que as estimativas da Federação Internacional de Diabetes para os próximos 25 anos nem cheguem a se concretizar. No que depender de nós, não vai mesmo!

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