Continua após publicidade

Treinar um braço saudável fortalece o outro imobilizado: como acontece?

Segundo profissional de educação física, práticas de educação cruzada ajudam pacientes a manterem a massa muscular de membros imobilizados

Por Ana Paula Ferreira
Atualizado em 17 jun 2024, 20h10 - Publicado em 17 jun 2024, 20h00
Confira como funciona a educação cruzada nos treinos
Confira como funciona a educação cruzada nos treinos (Racool_studio/Freepik)
Continua após publicidade

Será que treinar um braço saudável pode minimizar a perda de massa muscular de um outro ainda imobilizado após uma cirurgia? Acredite: graças aos avanços dos estudos no campo da educação cruzada, que avaliam a transferência de força de diferentes lados do corpo por meio de adaptações neurais, essa pergunta outrora polêmica tem sido respondida com um sim cada vez mais unânime por parte dos cientistas de todo o planeta.

Como treinar um braço e fortalecer o outro ao mesmo tempo?

Há cerca de um ano, um grupo formado por pesquisadores australianos e indianos se reuniu para revisar quase cem estudos nessa área e verificou que, em média, a taxa de transferência de força de um músculo treinado para um não treinado gira em torno de 50%. Isto é, se você aumentar a força seu braço direito em 20% após um treino de bíceps, terá um aumento de força ‘rebote’ na casa dos 10% no braço esquerdo.

Tão ou mais importante que isso, esse efeito causado pelos estímulos recebidos e transmitidos pelo córtex motor do cérebro é responsável por manter quase intacta a espessura muscular do membro imobilizado. Parece mágica, não?

De acordo com o treinador da Smart Fit Bruno Silva, os avanços das análises e experimentos na educação cruzada são tamanhos que a técnica já deixou os laboratórios de ciência para chegar à prática das academias de ginástica do Brasil.

Continua após a publicidade

“É muito natural recebermos alunos com indicações médicas nesse sentido”, afirmou o profissional, destacando que os exercícios de característica dinâmica, isto é, com a movimentação ativa das cargas, têm sido identificados como os mais efetivos até o momento.

Embora ressalte que a variação dos dados ainda impeça os profissionais de estabelecerem um protocolo padrão de treinamento no âmbito de variáveis como intensidade e velocidade de execução, Silva afirma que já é possível afirmar que os benefícios da educação cruzada não se restringem ao treinamento do mesmo membro imobilizado.

Para exemplificar, o profissional da Smart Fit deu um exemplo concreto em que um paciente recém-operado do ligamento cruzado anterior do joelho direito é orientado a realizar exercícios com ativação de diferentes membros inferiores e superiores do lado esquerdo. Confira no vídeo abaixo como fazer!

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.