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As mulçumanas que encontraram no muay thai uma forma de autodefesa

A lutadora Khadijah Safari – faixa preta na arte marcial - está treinando meninas e mulheres para que não tenham medo de andarem sozinhas

Por Redação Boa Forma
Atualizado em 17 jun 2024, 12h02 - Publicado em 28 abr 2016, 11h11

Quem vê a jovem Khadijah Safari na rua, provavelmente, não imagina que essa mulher está ensinando um esporte muito poderoso para jovens mulçumanas e inspirando outras meninas a fazer algo diferente. A atleta, que aprendeu Muay Thai com seu marido, oferece aulas exclusivas para mulheres na cidade de Milton Keynes, em Londres. Em entrevista a BBC, Khadijah afirmou que muitas de suas alunas estão preocupadas com ataques por causa de sua fé.

“Elas não se sentem confortáveis em andar sozinhas. E, muitas vezes, se tornam alvos fáceis. Por isso, resolvi ensinar muay thai. Esse é um esporte que faz com que você se sinta mais confiante e no controle da sua vida e também é uma ótima forma de autodefesa”, contou em vídeo produzido pela BBC.

Entre as principais queixas das aulas estão ataques verbais de estranhos e a sensação de falta de segurança. “Eu já recebi várias ofensas nas ruas, especialmente, após os ataques feitos em Paris e Bruxelas. Os mais comuns eram: ‘terrorista’ ou ‘cuidado, ela tem uma bomba’”, relatou uma das alunas.

Segundo Khadijah, a mensagem que ela tenta passar para suas alunas é: você não precisa ficar mais forte. Na verdade, praticar o esporte é importante para adquirir confiança e saber que, se algo acontecer, é possível se defender.

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“Aprender a lutar me trouxe mais autoconfiança. Antes, quando as pessoas começavam a atacar a minha religião, eu chorava e não sabia como me defender. Tinha vontade de entrar em casa e nunca mais sair de lá. Agora, eu não me sinto mais assim”, afirmou outra jovem. Que essa atitude realmente inspire outras mulheres e vá muito além do esporte.

Confira o vídeo produzido pela BBC Londres

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