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Comprovado: ioga emagrece!

A prática reduz a ansiedade e ensina a lidar com os desafios.

Por Olga Penteado (colaboradora)
Atualizado em 21 out 2024, 19h19 - Publicado em 1 jul 2014, 22h00
Olga Penteado e Adriana Holanda
Olga Penteado e Adriana Holanda  (/)
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Pense nas atividades físicas que podem ajudá-la a perder os quilinhos a mais. Caminhada, corrida, natação? Ok, elas são boas aliadas. Mas aposto como você nunca imaginou que a ioga pudesse fazer parte dessa lista. Pois saiba que está provado que a prática indiana, que surgiu há cerca de 5 mil anos, atua no controle da ansiedade, a bandida que faz você devorar uma caixa de bombons enquanto aguarda o telefonema do gato que conheceu naquela festa. 

 
Apesar de nem todos os benefícios da ioga terem sido estudados por médicos e cientistas, professores e praticantes não se cansam de alardear, por exemplo, que a atividade estimula o metabolismo e regulariza a produção de hormônios. “Os asanas (posturas) fazem uma espécie de massagem na tireóide e a estimulação dessa glândula tende a provocar o emagrecimento”, diz Fernanda Neis, professora da Universidade de Yôga, em São Paulo (SP). 
 
Além disso, a queima de caloria não pode ser desprezada quando se trata dos estilos mais vigorosos. “Estima-se que sejam gastas 500 calorias em uma hora de power yoga, quantia semelhante a uma aula de step mais puxada, para alunas avançadas”, diz Andrea Loschiavo, 28 anos, professora de ioga da academia Life Sport, em São Paulo (SP). Já os estilos mais suaves, como a hatha yoga, provocam a queima de 225 calorias, pouco menos do que uma caminhada em ritmo acelerado (350 calorias).
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Mais autocontrole

Andrea se apaixonou pela prática indiana há um ano, quando fazia faculdade de educação física, e resolveu se especializar para poder dar aulas. “Emagreci 3 quilos com a ioga. Nunca imaginei que isso aconteceria”, conta. Ela atribui a perda de peso a um maior controle emocional. “Comia direito nas refeições, mas atacava chocolate à tarde e à noite. Quanto maior a correria do meu dia, mais me descontrolava e descontava nos doces. A ioga me deixou mais equilibrada e resistente à gula”, diz. 
 
A designer de joias Renata Rea Knese, 30 anos, passou por uma experiência parecida. Sem esforço, eliminou 3 quilos desde que começou a praticar ioga duas vezes por semana. “Minha ansiedade diminuiu muito”, diz Renata, que procurava ser disciplinada à mesa, mas nem sempre conseguia se controlar. “Às sextas-feiras, janto fora, e quando faço ioga antes de sair, como apenas o necessário para não sentir fome, por melhor que seja o restaurante. Hoje, não busco um prazer exagerado na comida”, diz. Ela, que nunca foi sedentária – pratica dança e caminhada – está feliz também com a tonicidade muscular conquistada. “Meu corpo ficou mais durinho e bonito.”
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Ansiedade dominada

Renata não estava sozinha: quem nunca se pegou comendo sem fome? “A ansiedade faz com que a gente exegere na comida”, explica Marcos Rojo, professor de educação física da Universidade de São Paulo (USP), especializado em ioga pela escola Kaivalyadhama, na Índia, e coordenador do curso de pós-graduação de ioga da Faculdades Metropolitanas Unidas (UniFMU), em São Paulo. Na opinião de Rojo, a correria, os muitos compromissos e atividades e o excesso de estímulos da vida moderna podem gerar insatisfação, descontada à mesa. “É fácil encontrar prazer comendo”, diz.
 
Rojo lembra também o quanto pode ser frustrante fazer um esforço físico intenso e repor as calorias queimadas num piscar de olhos. “Uma hora de caminhada na esteira queima por volta de 350 calorias e basta uma fatia de torta com creme para você ganhar tudo de novo”, fala Rojo, que acredita que os exercícios muito intensos podem causar ainda mais agitação mental. “A ginástica ajuda a emagrecer porque queima calorias, mas o controle da ansiedade só é conseguido com práticas introspectivas, que põem a aluna em contato com ela mesma, como ioga e tai chi chuan”, defende. 
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Para Shotaro Shimada, professor há 45 anos em São Paulo, a prática atua em um processo fundamental para o emagrecimento, que é a mudança da atitude mental. “Como a ioga não tem movimentos automatizados e exige que se mantenha as posturas e a respiração, ela acaba treinando o controle da mente, a disciplina e a concentração”, explica. Com o autocontrole desenvolvido, fica mais fácil, inclusive, mudar seus hábitos alimentares. Sabe aquele último pedaço de pizza que fica “olhando” para você? Pois não será tão difícil deixá-lo na fôrma.
 

Obstáculos vencidos

“A complexidade das posturas reproduz as situações do dia a dia”, diz Anderson Allegro, professor de power yoga, de São Paulo. Nos asanas, sempre que surge uma dificuldade – ficar em pé apoiada em uma perna só, por exemplo -, a aluna é orientada a manter a respiração fluindo normalmente. Fazendo um paralelo com a vida, quando nos deparamos com um problema, a tendência é travar a respiração, aumentando ainda mais a ansiedade. Já uma respiração completa, lenta e profunda, ajuda a apaziguar a mente. “Quem leva a prática a sério aprende a encarar os desafios de maneira estimulante, como obstáculos que podem ser superados e não como um castigo divino, o que é um pensamento comum e recorrente toda vez que somos postos contra a parede”, fala Allegro. 
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O caso de Vivian Casalenovo, estudante de fisioterapia, 23 anos, é prova disso. “Vivia em dieta, mas não conseguia emagrecer. Bastaram dois meses de ioga para perder 5 quilos”, conta. A explicação? “Passei a encarar melhor os desafios e a perceber que eles podem ser superados. A partir daí, resistir às guloseimas ficou mais fácil.” E então? Animada para experimentar?
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