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Boa Forma experimenta: Aula de circo

Nossa estagiária se arriscou no tecido acrobático e trouxe suas impressões sobre a prática

Por Amanda Ventorin
23 dez 2021, 10h00
muher no tecido acrobático
 (Westend61/Getty Images)
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Você já viu alguma apresentação de circo e se perguntou como os profissionais conseguiam se enrolar no tecido, performando poses lindas e que pareciam mega difíceis? Pois eu já. E por essa curiosidade, fui experimentar uma aula de tecido acrobático.

Confesso que já tinha um certo conhecimento da prática. Fiz circo por um tempo quando era mais nova, mas não me lembrava do esforço físico que demandava. A professora Michelli, que ministrou a aula de aéreos no Espaço Diálogos Acrobáticos, em São Bernardo do Campo, explica que o circo é um trabalho pesado para o corpo – já que você precisa ter força o suficiente para sustentá-lo. “Se você tem 60 quilos, você vai ter que subir (no tecido) e sustentar esse peso, então para as meninas no começo, por não termos essa coisa de treinar o braço e ter mais força, é um pouco exaustivo”. Frase que confirmei na prática, já que apesar de saber da importância de fortalecer os braços e costas, esse não é meu treino favorito a se fazer na academia.

O desafio já começa no alongamento, por ser intenso (e extremamente necessário), envolvendo algumas posições que podem ser conhecidas na yoga (como tadasana, dhanurasana, paschimottanasana) além disso, é preciso um pequeno treino de força antes, que é feito no tecido mesmo, levanto seu peso corporal nos braços e abdominais, já que é outra parte do corpo muito utilizada. Como Michelli explicou, é um processo lento, principalmente pelo esforço que a prática exige, além de que o tecido, por ser um pouco elástico, também cobra uma maior resistência física.

Os exercícios feitos no chão fazem todo sentido uma vez que você está no ar. Para se manter e subir no tecido, é preciso juntar todo o alongamento e treinamento – a força nos braços, abdômen e pernas. Confesso que não é uma missão fácil e é preciso ter uma consciência corporal gigante e muita concentração (pelo menos de início) para manter as forças no braço enquanto eleva os joelhos e prende o tecido por entre os pés para conseguir “escalar” cada vez mais.

Claro que todo o esforço vale a pena. É gratificante (pelo menos para quem não tem medo de altura) olhar para baixo e ver o quão longe você conseguiu chegar, e que aquele mérito se dá única e exclusivamente a si mesmo, seu esforço e seu corpo. O tecido é uma prática onde, uma vez que você está no ar, é preciso confiar em si mesmo, até mesmo quando algum movimento não vai conforme o planejado, afinal, não tem como o professor ir até lá te ajudar. Senti que por esse motivo, além de trabalhar seu físico, o circo trabalha sua autoconfiança e te ensina a ficar calmo em momentos de “perigo”.

No geral, a aula de tecido exige muito do físico e com certeza se você quer definir o corpo e adora um desafio, é a escolha ideal para você! Uma dica final de ouro: Se você tem intenção de lavar seu cabelo, o faça assim que acabar a aula, pois seus braços no outro dia estarão doloridos demais para você conseguir levantá-los!

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