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Correr ouvindo música aumenta o risco de lesões, diz estudo

Em pesquisa, corredores se tornaram mais propensos a machucar as pernas ao se distrair com imagens ou barulhos

Por Redação Boa Forma
Atualizado em 13 fev 2017, 18h09 - Publicado em 13 fev 2017, 17h21
Mulher ouvindo música durante exercício
 (grinvalds/Thinkstock/Getty Images)
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Correr é uma atividade de relaxamento para muitas pessoas – ainda mais quando isso inclui as músicas favoritas. Mas, se você faz parte desse time, fique atenta, já que o hábito pode colocar sua saúde em perigo. É o que sugere um estudo feito por cientistas da Universidade da Flórida, nos Estados Unidos, com 14 homens e mulheres corredores.

A ideia dos pesquisadores era identificar o impacto de distrações visuais e sonoras durante a corrida em diferentes aspectos, como quantas vezes a pessoa respira por minuto, quanto oxigênio o corpo utiliza, a frequência cardíaca, a extensão das passadas e a força de reação do solo sobre o corpo do corredor. No início da investigação, todos os participantes estavam sem lesões e corriam, em média, 50 quilômetros por semana.

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Cada voluntário correu três vezes na esteira: na primeira, não houve qualquer tipo de distração; na segunda, uma tela mostrava letras diferentes de várias cores e o corredor tinha que notar combinações específicas de palavras; e, na terceira, eram emitidos sons e os participantes apontavam quando uma palavra era dita.

Os resultados mostraram que, em comparação à corrida sem distrações, praticar o esporte focando em algum texto ou barulho fez com que os voluntários aplicassem força mais rapidamente tanto na perna direita quanto na esquerda. A força de reação do solo também foi mais intensa em ambas as pernas. Além disso, os participantes respiravam de forma mais pesada e apresentavam uma frequência cardíaca mais elevada.

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Todos esses efeitos, alertam os pesquisadores, são prejudiciais. “Correr em ambientes com diferentes distrações pode afetar a performance e aumentar o risco de lesões”, pontua Daniel Herman, líder do trabalho. Ele explica que, muitas vezes, não dá para evitar a desatenção, mas é possível prevenir os riscos. “Por exemplo, ao correr uma nova rota em um ambiente caótico, como uma maratona, você pode evitar ouvir algo que vai exigir atenção extra – como uma música inédita”, propõe Herman.

O cientista e sua equipe pretendem continuar as investigações para entender quais corredores estão mais suscetíveis a esses efeitos e se há técnicas capazes de evitar tais problemas. Em todo caso, vale prestar atenção se ouvir música ou assistir TV enquanto corre está, de fato, ajudando na concentração ou colocando você em risco.

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