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“Será que sofro de transtorno alimentar”?, psicólogo responde

O psicoterapeuta Marco Antonio de Tommaso ajuda você a se conhecer mais.

Por Da Redação
Atualizado em 31 jan 2017, 10h11 - Publicado em 22 jan 2017, 08h00
Mulher come prato de salada.
 (Twinster Photo/Thinkstock/Getty Images)
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Minha vida é fazer dieta. Tenho até uma lista dos alimentos mais calóricos – quando como um deles, me sinto culpada. Para compensar, pulo refeições, faço horas de exercício e, depois, fico duas semanas parada. Resultado: tristeza e ansiedade dominam a cena. Aí vou atrás de remédios para emagrecer. Meu médico e minha nutricionista já desistiram. Eles acham que sofro de um transtorno alimentar não especificado (Tane) e que preciso da ajuda de um psicólogo para mudar minha cabeça. Será que esse diagnóstico está correto. Marcela*, 25 anos, 1,70 metro de altura, 82 kg.

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“É muito difícil, Marcela, afirmar que você sofre de Tane apenas com esse seu relato. Comilança, jejum, remédio, excesso de exercício são sintomas sugestivos de um transtorno alimentar. Porém, no seu caso, parece que eles não ocorrem com frequência suficiente para fechar o diagnóstico. O que não significa que isso tudo não deixe sua vida pessoal, profissional e social conturbada – afinal, a preocupação com o peso (e a comida!) rouba a maior parte da sua atenção e do seu bem-estar.

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Por isso, o médico e a nutricionista estão certos em sugerir que você consulte um psicólogo. Ele vai ajudar na investigação dos conflitos que, inconscientemente, a impedem de seguir a dieta, apesar do seu desejo de emagrecer. Ou, ainda, identificar possíveis “benefícios” secundários (defesa contra a intimidade, bloqueio da sexualidade…) que fazem com que você se mantenha (sem saber) acima do peso. É um caminho longo, mas necessário, para estabelecer uma relação saudável com a comida e, finalmente, conseguir colocar em prática as orientações do seu médico e da sua nutricionista para emagrecer sem tanto esforço e de maneira efetiva.”

*Nome trocado para preservar a identidade da leitora.

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