Como melhorar a sua autoestima — e cuidar mais de si!
Seja no trabalho ou até mesmo no sexo, a percepção que temos de nós influencia em como as pessoas nos enxergam
Você sente que, às vezes, é duro demais consigo mesmo? Está sempre se criticando, ou depreciando suas atitudes e conquistas para os outros? Cuidado. Apesar de a autocrítica ser importante, ela pode estar disfarçando algo que não é nada legal: a baixa autoestima.
“A autoestima está relacionada à percepção que a pessoa tem de si mesma e envolve o amor próprio, a autoaceitação e a autoimagem. Ela começa a ser construída na infância e tem a ver com a forma que alguém recebeu e assimilou os olhares direcionados a ela, o que ouviu a seu respeito, a atenção (ou não) que recebeu ou se foi rejeitada”, tudo isso influencia em como construiremos nossa autoestima na fase adulta, explica a psicóloga Marilene Kehdi, especialista em atendimento clínico.
Não adianta. Tudo o que acontece quando somos crianças afeta profundamente o que seremos mais tarde, bem como a forma como nos relacionamos e amamos o outro. Por isso, ao longo da vida, algumas situações podem rebaixar a nossa autoestima. Seja o término de um relacionamento amoroso ou uma demissão inesperada.
“Quem tem baixa autoestima não se valoriza, não tem amor próprio, não acredita no próprio potencial. Está sempre se autodepreciando e se sentindo inferior a tudo e a todos. Não cuida da saúde física e mental e, ao longo da vida, apresenta vários sintomas psicossomáticos”, afirma a especialista. E toda a pressão por uma vida perfeita das redes sociais pode agravar ainda mais esse quadro, evoluindo até para a ansiedade, alguns tipos de fobia e depressão.
Mas como identificar se tenho baixa autoestima?
Cada um lida de um jeito diferente com isso. Algumas pessoas, segundo a psicóloga, desenvolvem comportamentos prejudiciais à saúde, abusam do álcool e cigarro, se alimentam compulsivamente (ou desenvolvem transtornos alimentares e comem muito pouco).
Já outras podem encontrar dificuldades de se relacionar com outros, em todos os aspectos: profissional, familiar, amoroso. Além de constantemente evitar enfrentar problemas e desafios. “O indivíduo é menos confiante, não se sente capaz de fazer nada e é dominado pelo sentimento de inferioridade”, diz Marilene Kehdi.
A psicóloga ainda complementa que, por se sentir incapaz de amar a si, a pessoa com autoestima rebaixada acha extremamente difícil entrar em um relacionamento amoroso. “No aspecto profissional, isso interfere diretamente nas habilidades e desempenho. Os resultados são abaixo do esperado, muitos têm dificuldade de estabelecer até um simples diálogo. A baixa autoestima gera timidez.”
Dicas para aumentar a autoestima
- “É fundamental entender que é possível, no dia a dia, consolidar uma boa autoestima e, para isso, o autoconhecimento exerce papel fundamental. Através dele, você reconhecerá seus pontos fortes e fracos, suas qualidades, seus limites e suas crenças limitantes que demandam transformação, pois atuam impedindo que você acredite em si próprio e conquiste uma boa qualidade de vida”;
- “Aceite seus limites e pontos fracos, aprenda com seus erros, pois só assim evitará ciclos repetitivos”;
- “Deixe de ser dependente das aprovações alheias: diariamente, pratique a autoaceitação e o amor próprio, pois ao reestabelecê-los e fortalecê-los, você irá melhorar seu desempenho em vários aspectos da vida, amoroso, sexual, profissional, entre outros”;
- “Tenha objetivos, sonhos e metas e se empenhe para que eles se concretizem. Sair da zona de conforto é importante”;
- “Esteja aberto a novas perspectivas. Não fique generalizando situações que não deram certo. O que passou, passou. Deixe o desânimo de lado”;
- “Não alimente pensamentos negativos. Sempre que eles surgirem, mude o foco para pensamentos que o fortaleçam”;
- “Não fique se comparando com ninguém, somos seres únicos e singulares com características próprias. Cada qual com seu jeito de ser”;
- “Cuide da sua saúde física e mental, pratique esportes, seja cuidadoso com você”;
- “Pare de se considerar incapaz, porque você não é. Lembre-se que só reconhecemos nossa capacidade quando a colocamos a prova, praticando-a.”