Quando você se depara com alguma notícia sobre distúrbio alimentar, qual a primeira imagem que vem à mente? Se pensou em uma menina com figura magérrima e feição abatida, saiba que não é a única a fazer essa associação.
Sabendo deste pensamento equivocado, Carissa Seligman publicou um “antes e depois” em sua página do Instagram para desmistificar esse tabu.
No post, a americana aparece em duas fotos tiradas, respectivamente, em 2005 e 2016. Na recente, ela aparece bem mais magra, mas engana-se quem conclui que esta corresponde a um período menos saudável.
Leia mais: 8 maneiras de ajudar uma amiga com bulimia ou anorexia
Carissa inicia seu relato dizendo: “A garota com distúrbio alimentar não necessariamente aparenta ‘assustadoramente seca’. Na verdade, ela pode nem ser a mais magra do local. O que você vê por fora, nem sempre transparece o que está acontecendo do lado de dentro.”
Ela segue contando que, ao se deparar com a primeira imagem, ela logo pensou que correspondesse ao período logo após sofrer transtorno com a comida – Carissa passou quatro meses se alimentando de café e bolachas água e sal. Porém, logo caiu a ficha que não, o corpo de 2005 ainda sofria uma relação doentia com a alimentação.
“Eu comecei a comer e não conseguia parar. Eu me sentia péssima. Nenhum dos problemas que me levou a escolher passar fome haviam sido resolvidos, descobertos ou discutidos e eu usava a comida para preencher um buraco. Eu não só estava infeliz sem perceber, como comecei a ganhar peso, o que era, naquela época, o meu pior pesadelo.”
Leia mais: Após sofrer com ortorexia, jovem conta como superou o pânico de açúcar
E o processo até Carissa entender o que, de fato, estava rolando com seu corpo foi longo. Ao total, 11 anos.
“Até 2016, eu estava tentando voltar ao peso daqueles quatro meses. Foram 11 anos vivendo um relacionamento turbulento com comida, corpo e mente.”
Até que, no ano passado, a situação começou a mudar para a americana. Ela percebeu o seu valor no trabalho e isso deu o pontapé inicial para a melhora da autoestima. Ela também conta que parou de beber – pois usava o álcool como escape – e tornou a comida uma aliada na sua vida de exercícios e bem-estar.
O motivo do post foi para ajudar pessoas a não demorarem 11 anos para perceber seus pontos ruins e começarem a se amar, como aconteceu com ela. E finaliza dizendo: “Amor-próprio dá trabalho. Gostaria de dizer o contrário, mas não posso. Não existe um conserto rápido ou uma solução simples. O seu interior tem que estar bom antes do exterior ser algo que você possa amar.”
Confira o relato completo abaixo: