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Os diferentes tipos de dores de cabeça (e como tratá-las)

Dor de cabeça é tudo igual? Nada disso: conversamos com um neurologista que explicou tudo sobre os diferentes tipos e tratamentos

Por Marcela De Mingo
22 jun 2022, 08h00
tipos de dor de cabeça
 (Mikael Blomkvist / Pexels/Divulgação)

Ela chega depois de um dia estressante. Ou, então, você já acorda com ela martelando, prevendo um dia daqueles. Ainda pode aparecer “de repente” e atrapalhar todo o planejamento de trabalho ou acabar com um fim de semana gostoso. Todo mundo já passou por alguma situação dessas quando o assunto são as cefaleias. E, sim, por mais todas pareçam a mesma coisa, existem diferentes tipos de dor de cabeça – e cada um pede um tratamento diferente. 

O QUE É UMA DOR DE CABEÇA? 

Você já sentiu, mas nunca soube muito bem o que é uma dor de cabeça. Pois bem, hora de entender de vez o assunto antes de compreender porque ela pode se manifestar de diferentes maneiras: 

“Uma dor de cabeça pode ser descrita de várias formas, comumente relatada como sensação latejante, de aperto, de pontada, de choque, de ardência ou de queimação”, explica o Dr. Ricardo Araújo de Oliveira, neurologista do Hcor. “Pode estar acompanhada de outros sintomas desagradáveis, como náusea, vômitos, aversão à luz (fotofobia) ou ao barulho (fonofobia).”

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Sobre a duração, existem as dores de cabeça de curta duração (que vão de segundos a alguns minutos, por exemplo), ou mais prolongadas (que podem durar algumas horas ou dias). Além disso, a evolução e o padrão de recorrência de dores vai caracterizar também o quadro como agudo ou crônico. 

TIPOS DE DOR DE CABEÇA

A partir disso, entramos na parte mais técnica das cefaleias, como também são chamadas essas dores. Elas podem ser classificadas de duas formas, devido à natureza das suas causas: 

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1

Primárias: 

“São aquelas que não podem ser associadas a fatores estruturais (por exemplo, tumores), metabólicos (como a hipoglicemia) ou tóxicos (efeito adverso de medicamentos) identificáveis”, diz o médico. “São exemplos de dores de cabeça primárias a enxaqueca (ou migrânea), a cefaleia tensional, cefaleia em salvas, dentre outras.”

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2

Secundárias: 

“São aquelas estreitamente relacionadas a fatores que conhecidamente atuam como sua causa”, esclarece. “Por exemplo: meningites, acidente vascular encefálico (AVC) isquêmico ou hemorrágico, traumatismo cranioencefálico, rotura de um aneurisma cerebral, uso de medicamentos ou exposição a substâncias, etc.”

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Com essa classificação fica mais fácil entender que as manifestações dos diferentes tipos de dor de cabeça são bastante diversas. Dentre as dores mais comuns, temos: 

TRATAMENTOS PARA OS TIPOS DE DOR DE CABEÇA

“O alívio da dor pode ser obtido com medicamentos analgésicos ou medidas não-farmacológicas (bolsa de água fria, repouso em ambiente escuro e silencioso, por exemplo)”, diz o médico. “Entretanto, o tipo de dor de cabeça influencia bastante a resposta aos diversos tipos de analgésicos.”

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É por isso que a auto-medicação nunca é recomendada – afinal, é possível tomar um analgésico que não será eficiente para aquele tipo de dor de cabeça específico. 

“Em muitas situações o tratamento terá como objetivo reduzir a frequência e a intensidade das crises. Nesses casos, diversos tipos de medicamentos podem ser utilizados, mas devem ser escolhidos baseados não apenas no tipo de dor de cabeça, mas também em outras características e condições de saúde que possam estar associadas como hipertensão arterial, ansiedade, depressão, insônia, etc.”, explica o Dr. Ricardo.

DÁ PARA EVITAR DORES DE CABEÇA? 

De acordo com o médico, muitos tipos de dor de cabeça podem ser exacerbados, desencadeados e até mesmo causados por fatores conhecidos, e a prevenção está relacionada a evitar ou minimizar a exposição a esses fatores. Por exemplo, o consumo abusivo de cafeína e álcool, níveis elevados de estresse, sono insuficiente… Até mesmo a desidratação

Ter em mente hábitos de prevenção é importante porque a dor de cabeça, principalmente se for frequente e de alta intensidade, pode ser incapacitante: ou seja, pode afetar significativamente a qualidade de vida do indivíduo. 

“Quando estão presentes de forma crônica, podem prejudicar o desempenho profissional, as relações pessoais e muitas vezes provocar transtornos psicológicos com impacto de longo prazo significativo”, diz. “Nestas situações é importante procurar o apoio de profissionais qualificados para o diagnóstico adequado, tratamento específico e suporte.” 

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