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Teste genético para câncer de mama: quem deve fazer e como funciona

Mutações que impactam os genes BRCA1 e BRCA2 contribuem para aproximadamente 30% a 50% dos casos hereditários

Por Juliany Rodrigues
31 out 2023, 16h00
Entenda como o teste genético para câncer de mama é feito | (./Freepik)
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Os últimos dados divulgados pelo Instituto Nacional do Câncer do Brasil (INCA) apontam que o câncer de mama é o tipo de tumor maligno mais incidente nas brasileiras, representando 73 mil casos. Além disso, também é a primeira causa de morte por câncer em mulheres no país.

A doença, considerada crônica, se dá quando acontece uma multiplicação desorganizada das células que acomete tecidos e órgãos. Ela pode atingir crianças, mulheres e homens em qualquer idade.

A maneira mais eficaz de aumentar as possibilidades de cura do câncer de mama é o diagnóstico precoce, que pode ser facilitado por meio de exames de rastreamento, como a mamografia e o ultrassom.

QUEM PRECISA FAZER O TESTE GENÉTICO PARA CÂNCER DE MAMA?

Não existe uma causa única para o câncer de mama, mas idade, fatores endócrinos, história reprodutiva, fatores comportamentais/ambientais e fatores genéticos/hereditários podem influenciar nos riscos de desenvolver a condição.

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As mutações genéticas mais frequentemente vinculadas a esse risco são aquelas que afetam os genes BRCA e BRCA2, responsáveis por cerca de 30 a 50% dos casos genéticos.

Entretanto, mutações genéticas também foram identificadas em outros genes, entre eles, PALB2, CHEK2, BARD1, AATM, RAD51C, RAD51D, TP53 (associado à síndrome de Li-Fraumeni) e PTEN (associado à síndrome de Cowden).

Por isso, mulheres com câncer de mama em idade precoce (antes dos 35 anos) ou com histórico familiar importante (principalmente quando há coexistência de câncer de mama e ovário na família) têm a indicação médica para a realização do teste genético.

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É fundamental ressaltar que esse exame não é preventivo, mas consegue determinar se a paciente possui ou não o gene hereditário e uma maior probabilidade de ter a doença.

“Acima do teste genético, devem estar a alimentação saudável, o combate a obesidade e ao tabagismo e ao etilismo não social. São orientações indispensáveis para quem quer se prevenir contra doença”, alerta o Dr. Hézio Fernandes, oncologista e diretor clínico do Instituto Paulista de Cancerologia (IPC).

COMO FUNCIONA?

O teste genético para câncer de mama pode ser feito em células da mucosa ou sangue periférico. Quando o resultado é positivo, uma das alternativas é a retirada bilateral das glândulas mamárias, que contribui para minimizar as chances de surgimento da condição.

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Outra medida que pode ser adotada é a utilização de métodos de rastreamento com maior intensidade. Ou seja, fazer mamografias, ultrassonografias mamárias e ressonância em períodos menores de tempo.

Medicações que diminuem os efeitos do hormônio estrógeno também pode ser consideradas em situações de risco genético.

Vale lembrar que esse teste só está disponível através da rede privada de saúde e que ele não afirma que a paciente terá câncer, caso haja êxito. Isso quer dizer que, ainda que existam maiores probabilidades de um tumor, o resultado positivo não é uma confirmação.

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