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Sinusite: o que é, causas, sintomas e como tratar

Entenda quando essa condição respiratória pode ser considerada grave e as possíveis complicações

Por Juliany Rodrigues
Atualizado em 24 Maio 2024, 14h48 - Publicado em 30 nov 2023, 17h05

A sinusite se caracteriza pela inflamação das mucosas do seios da face, região do crânio que envolve a testa, a maçã do rosto, o nariz e o entorno dos olhos.

A Academia Americana de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço aponta que essa condição respiratória afeta uma em cada oito pessoas em todo o mundo.

“Todos os indivíduos são predispostos a desenvolvê-la, mas o maior risco está em idosos, bebês, imunossuprimidos, usuários de corticoide, diabéticos ou até pessoas que têm alterações estruturais, por exemplo, desvio de septo, que podem dificultar a drenagem dos seios nasais e dificultar a resolução do processo inflamatório”, destaca o Dr. Flávio Ferlin Arbex, especialista em pneumologia.

De acordo com o médico, a doença pode ser aguda ou crônica.

“A primeira é mais comum, tem um período de duração de até 12 semanas e, na grande maioria das vezes, ocorre por motivos virais ou bacterianas. Já a segunda dura mais de 12 semanas e, geralmente, sua principal causa é bacteriana ou então viral que complicou para uma bacteriana”, explica ele.

CAUSAS

Os tipos mais comuns de sinusite são as causadas por vírus ou bactérias. A viral consiste em uma inflamação mais amena dos seios paranasais, enquanto a bacteriana se dá como consequência de um resfriado, gripe ou crise alérgica não tratados, sendo mais intensa.

No entanto, além de ser causada por vírus, bactérias e fungos, a condição pode se manifestar devido a outros fatores, como mudanças climáticas, exposição agentes alérgenos, desvios de septo nasais e disfunções nos cílios nasais.

“Por isso, para preveni-la, é altamente recomendável evitar locais com poluição e fumaça de cigarro, manter o ambiente bem higienizado para não ter contato com fungos, ácaros, pólen e pelos de animais, não limpar o nariz com as mãos sujas e ficar longe de ambientes fechados”, orienta o Dr. Vinícius Ribas Fonseca, professor titular de Otorrinolaringologia do curso de Medicina da Universidade Positivo (UP), em Curitiba, no Paraná.

SINTOMAS

Os principais sintomas da sinusite são:

TRATAMENTO

Na maioria dos casos, a doença é autolimitada, e seu tratamento envolve a lavagem nasal com soro fisiológico e o uso de remédios analgésicos e antitérmicos (para dores e febre).

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“Eventualmente, é necessário um descongestionante sistêmico, que pode ajudar a melhorar a condição clínica do paciente”, diz o Dr. Vinícius. “Se o paciente também apresentar rinite alérgica, essa condição também deve ser tratada”, complementa ele.

Quando é uma sinusite viral, os sintomas tendem a cessar naturalmente em um período de três a cinco dias, sem a necessidade de ajuda médica para recuperação.

Por outro lado, a sinusite bacteriana, apesar de começar com sintomas semelhantes, pode se agravar no decorrer dos dias. Nessas situações, é preciso procurar um atendimento médico para receber o tratamento adequado, que pode ser feito por meio de uma combinação de medicamentos (anti-inflamatórios, antibióticos e corticosteróides), lavagens nasais e inalações.

“Quando pensamos em outras causas, como sinusite crônica ou fúngica, pode ser necessária uma intervenção cirúrgica, porém isso depende da avaliação do profissional, das complicações e do tempo de evolução do quadro“, fala o Dr. Flávio.

QUANDO A SINUSITE É GRAVE?

Quando não tratada ou mal curada, a sinusite bacteriana pode levar à complicações graves em órgãos como ouvidos, cérebro, garganta, olhos e pulmões. A doença, inclusive, pode causar a perda da visão, uma vez que ela pode formar uma secreção que atinge a órbita, o globo ocular e o nervo óptico.

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“Espalhando-se para o cérebro, ela ainda pode provocar a meningite bacteriana, que é uma inflamação aguda das membranas que recobrem a medula e o cérebro“, conta o Dr. Vinícius.

A infecção é considerada grave quando o paciente tem sintomas intensos, por exemplo, secreção amarelada e purulenta, dor e sensação de peso na face, tosse, febre acima de 39ºC, edema ou inchaço no rosto e pálpebras, alteração visual e prostração intensa.

“Ao notar qualquer piora do quadro, a recomendação é consultar um médico especialista o quanto antes para que não ocorram complicações mais sérias”, alerta o professor.

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