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10 perguntas e respostas sobre repelente

Pior do que aguentar os zumbidos e as agulhadas doídas dos insetos é ser picada por mosquitos que transmitem doenças, como a dengue. Diminua o risco de virar alvo desses inimigos voadores usando repelente e aproveite melhor a estação.

Por Cristina Nabuco (colaboradora)
Atualizado em 28 out 2016, 02h16 - Publicado em 17 dez 2013, 22h00

Aplique o repelente gerenosamente pelo corpo e reaplique após entrar na água ou transpirar muito
Foto: Getty Images

1. Qual é a explicação para os insetos me adorarem?

A teoria de que algumas pessoas atraem mais os pernilongos e os borrachudos por exalar um odor particular não foi comprovada. Então é provável que você seja sensível e, por isso, as picadas fiquem mais visíveis.
 

2. Por que às vezes a picada incha muito?

“As chances de inchar aumentam em pessoas propensas a alergia”, diz a dermatologista Flávia Addor, diretora da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
 

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3. Adianta tomar vitamina do complexo B ou comer alho antes de viajar?

Supunha-se que, ao serem excretados no suor, tanto a vitamina quanto o alho modificariam o cheiro natural do corpo e afastaria os insetos. Mas os estudos científicos também não comprovaram esse efeito.
 

4. Qual é o melhor tipo de repelente: aerossol, spray ou creme?

Os três são eficazes. Eles bloqueiam os receptores localizados nas antenas dos insetos atraídos pelo ácido lático exalado através da nossa pele e, com isso, deixam o mosquito desorientado. O ideal é que esses produtos tenham picaridina (ou icaridina), DEET (dietiloluamida) ou IR 3535. Porém a eficácia não depende apenas da formulação, mas também da aplicação correta: uma dose generosa em toda a área exposta.
 

5. Repelentes caseiros funcionam?

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As opções testadas na Faculdade de Medicina da Unesp, em Botucatu, foram reprovadas. Fêmeas do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, foram cultivadas livres da doença e colocadas numa caixa onde voluntários introduziram o braço, primeiro sem nada, depois com repelente caseiro (feito com cravo e óleo de amêndoas) e, depois, com repelente industrial (à base de picaridina). Os mosquitos demoraram dez segundos para picar o braço sem nada, 20 segundos com o repelente caseiro e mais de dez minutos com o industrial. “A proteção oferecida pelas preparações caseiras é insignificante”, alerta o professor Hélio Miot, um dos coordenadores do estudo. Em outros trabalhos, o óleo de citronela também ficou aquém dos repelentes comerciais.
 

6. Repelentes causam alergia?

O risco é baixíssimo porque os produtos usam ativos testados com alta margem de segurança. Mas, se você tiver histórico de alergia, passe primeiro numa pequena área e observe.
 

7. Posso passar repelente e me expor ao sol?

Sim, desde que você não esqueça o protetor – passe-o primeiro e espere meia hora para aplicar o repelente. Ele deve ser o último sempre.
 

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8. Onde aplicar?

Pernas e braços são as áreas mais visadas, mas não esqueça o pescoço. Evite mucosas e áreas feridas. Se for spray, cuidado para não atingir os olhos. Reaplique o produto após entrar na água ou suar muito. Caso esteja num local com infestação, aplique o spray também nas roupas. Segundo o professor Hélio Miot, mais de 40% das picadas de dengue são pela camiseta.
 

9. Existe repelente que não mela nem resseca a pele?

Sim, há cremes hidratantes que vêm com repelente. Mas, se não quiser abrir mão do seu hidratante, use-o primeiro, depois o protetor solar e daí o repelente.
 

10. O que devo fazer depois de ser picada?

Uma compressa gelada reduz a inflamação e a dor locais. Nada de usar álcool ou espremer. É comum surgir vermelhidão e coceira, de leve a moderada, que melhoram em dois ou três dias. Se houver muito inchaço, coceira intensa, múltiplas lesões ou febre, procure um médico.

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