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5 maneiras de prevenir o ressecamento nasal em dias secos

Otorrino lista orientações para evitar que a baixa umidade do ar deixe o nariz ressecado e piore doenças respiratórias

Por Ana Paula Ferreira
28 jun 2024, 10h00

Os dias secos podem ser difíceis para muitas pessoas, especialmente para quem sofre com ressecamento nasal e doenças respiratórias. Isso porque os baixos índices de umidade do ar podem prejudicar tanto quem já convive com alergias e históricos de inflamações no sistema respiratório quanto quem raramente fica doente.

Como explica Gustavo Meirelles, otorrinolaringologista na Clínica Dolci em São Paulo e professor voluntário no Serviço de Otorrinolaringologia na Santa Casa de São Paulo, isso ocorre porque, diferente do sistema circulatório, em que o sangue circula em um complexo fechado, nosso sistema respiratório recebe o ar do ambiente externo para captar seu oxigênio.

“O problema é que esse ar nem sempre está nas condições ideais quanto à temperatura, pureza e umidade. Claro que as nossas cavidades nasais estão preparadas para aquecer, umidificar e limpar esse ar antes que ele percorra todo o sistema”, ele aponta.

E complementa: “Contudo, quando o clima está muito seco, todo o organismo fica desidratado, e raramente é possível fazer a umidificação e limpeza necessárias, o que acaba irritando a mucosa do nariz e da garganta, causando vários problemas respiratórios”.

Segundo o especialista, a principal doença desenvolvida no outono e no inverno, quando a umidade do ar cai drasticamente, é a rinite alérgica. Ela causa uma inflamação no revestimento interno do nariz, seja por desenvolver um processo alérgico devido a alguma micropartícula presente no ar, seja apenas por irritação ou por algum agente patológico como vírus e bactérias.

“Ela pode durar alguns dias ou se estender por meses, se tornando crônica ou evoluindo para uma sinusite, que é quando a secreção do nariz entope as cavidades do rosto, gerando uma infecção local”, explica o médico.

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Como prevenir o ressecamento nasal

Meirelles explica que, sabendo da relação entre a baixa umidade do ar e o sistema respiratório, os cuidados precisam ser preventivos. Sendo assim, ele destaca cinco hábitos que podem ajudar a lidar com o tempo seco e as consequências para a respiração.

1

Faça a lavagem nasal diariamente

A limpeza nasal, se possível, deve ser realizada três a quatro vezes ao longo do dia. O mínimo é pelo menos uma vez de manhã, pois é durante o período noturno que produzimos mais secreção do que o normal, e uma à noite, para limpar o nariz antes de dormir, livrando-o de vírus, bactérias e da poluição cotidiana. A maneira correta de fazer a lavagem nasal é com soro fisiológico 0,9% e uma seringa de 10 ml.

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2

Hidrate-se

Aumente o consumo de água para manter-se hidratado. Sucos e chás também valem para a hidratação, mas prefira sempre a água para não interferir nos índices glicêmicos e em outras questões relacionadas à sua saúde. Para ajudar a criar o hábito de beber água com frequência, você pode manter uma garrafinha por perto ou colocar um alarme no celular para tomar um pouco a cada hora.

3

Mantenha a umidificação do ar

Se puder, use um umidificador elétrico para melhorar a umidade do ar dos ambientes da sua casa. Uma alternativa para quem não tem um umidificador é deixar uma toalha molhada no ambiente, principalmente no quarto na hora de dormir, ou um balde de água quente para que o vapor ajude a umidificar o ar (cuidado com a temperatura da água e com a segurança, principalmente de crianças e idosos).

4
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Mantenha os ambientes livres de poeira

Mantenha a casa limpa, livre de poeira e ácaros, utilizando panos úmidos para limpar superfícies, assim como evitar o acúmulo de mofo em ambientes úmidos, e areje bem os cômodos. Uma boa opção também é utilizar capas antialérgicas nos travesseiros e colchões.

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5

Não use descongestionantes nasais

O descongestionante nasal possui efeito vasoconstritor e, quando usado por muitos dias, o organismo tende a precisar do medicamento para funcionar, ou seja, quando o nariz entope, só aplicando o produto para que as vias aéreas se abram. Com isso, a pessoa passa a administrar mais gotas e em intervalos mais curtos para poder respirar, desencadeando uma rinite medicamentosa: uma congestão nasal frequente devido à dependência do fármaco.

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