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O que acontece no seu corpo quando você toma a pílula do dia seguinte?

A pílula do dia seguinte é um método contraceptivo de emergência e, ao contrário do que muita gente pensa, não faz a mulher menstruar

Por Marcela De Mingo
5 ago 2022, 08h00

Boa parte das mulheres sabe da existência da pílula do dia seguinte, e muitas já fizeram uso desse medicamento em uma emergência – quando a camisinha estoura durante a relação sexual, por exemplo. Mas você sabe exatamente o que é essa pílula e como ela age no corpo? É o que vamos entender nos parágrafos abaixo. 

O QUE É A PÍLULA DO DIA SEGUINTE? 

“A pílula do dia seguinte é um método contraceptivo de emergência, à base de um progestágeno chamado levonorgestrel em doses mais elevadas (1,5 mg) que os contraceptivos rotineiros (0,15 mg)”, explica Lorena Galaes, ginecologista e professora do curso de Medicina da Pitágoras. 

Esse medicamento deve ser usado para evitar uma gestação indesejada caso a mulher tenha tido relações sexuais desprotegida, com falha presumida do método utilizado – por exemplo, quando você esqueceu de tomar a pílula anticoncepcional, o seu contraceptivo injetável passou do prazo ou, como dito anteriormente, o preservativo rompeu durante o ato -, ou em casos de abuso sexual. 

“É o método com maior taxa de falha, e o seu uso deve ser restrito aos casos mencionados”, alerta a médica. 

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COMO A PÍLULA DO DIA SEGUINTE FUNCIONA? 

Os efeitos dessa medicação no organismo vão variar de acordo com a fase do ciclo menstrual em que foi ingerida. 

Por mexer diretamente com as fases do ciclo menstrual e ser também uma bomba hormonal, a pílula pode gerar alguns efeitos colaterais, como náuseas, vômitos, dores de cabeça, dores nas mamas e até tonturas. 

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A PÍLULA DO DIA SEGUINTE FAZ A MULHER MENSTRUAR? 

Esse é um mito comum sobre a pílula do dia seguinte, já que muitas mulheres experienciam um sangramento alguns dias depois da ingestão. No entanto, já fica a resposta: a pílula do dia seguinte NÃO faz você menstruar. 

“O sistema de controle hormonal do ciclo menstrual não fica bloqueado como nos contraceptivos hormonais rotineiros, logo, o corpo continua produzindo os hormônios normalmente e, dependendo do dia em que a pílula é tomada, a menstruação pode adiantar ou atrasar, mas, na maioria dos casos, o ciclo menstrual não se altera”, explica Lorena. 

Por causa desse processo, é essencial seguir a recomendação de ingesta desse medicamento: tomar a dose recomendada de uma vez (a quantidade de comprimidos depende da marca), o mais rápido possível. O prazo máximo é de até 72 horas após a relação sexual, pois a pílula não atua após a fecundação, quando o espermatozoide encontra o óvulo, e não impede a implantação do óvulo no útero, caso a fecundação ocorra. 

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É por isso, também, que muitos médicos dizem que a pílula “perde” a eficácia quanto mais tempo você leva para tomá-la – afinal, um dia pode fazer toda a diferença no ciclo menstrual. 

Vale lembrar, também, que esse é um método emergencial – e não deve ser utilizado como o método contraceptivo de escolha e de uso contínuo. “Usada repetidamente, a pílula pode tornar o ciclo menstrual irregular, pode causar inchaços, ganho de peso e náuseas. Deve-se evitar o uso rotineiro, pois a eficácia diminui com a repetição”, diz. 

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