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Papanicolau dói? Saiba mais sobre o exame preventivo

Ginecologistas esclarecem as principais dúvidas sobre o papanicolau. Confira!

Por Juliany Rodrigues
26 fev 2024, 16h00
papanicolau dói
Papanicolau dói? Saiba mais sobre o exame preventivo | (stefamerpik/Freepik)
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O papanicolau, também chamado de colpocitologia oncótica, é um dos principais exames ginecológicos de rotina e tem como objetivo identificar alterações nas células do colo uterino. Recebeu esse nome graças ao seu inventor George Papanicolaou, um médico e pesquisador grego.

“É realizado por um profissional de saúde através da coleta de amostras de células do colo uterino. Esse material é enviado ao laboratório, onde é feito o preparo de uma lâmina com coloração específica e ocorre a análise por um citopatologista. A paciente e o médico recebem um laudo com o resultado dessa avaliação”, explica a Dra. Cynthia Diez Pérez Peterossi, ginecologista e obstetra.

A seguir, esclareça as suas dúvidas sobre o exame preventivo:

 

 

Para que serve o papanicolau? Quais doenças ele detecta?

O papanicolau serve para o rastreamento e a prevenção do câncer de colo uterino, além de auxiliar no diagnóstico de doenças sexualmente transmissíveis, como tricomonas, HPV, sífilis, clamídia e gonorreia.

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“Ele é capaz de encontrar com antecedência as lesões pré-cancerosas ou cancerígenas, infecções, inflamações e anomalias no colo do útero”, afirma a Dra. Mariana Manfrim de Freitas, ginecologista e obstetra. 

A partir de qual idade o papanicolau deve ser realizado?

A Dra. Daniella Campos Oliveira, ginecologista e obstetra, informa que, no Brasil, o Ministério da Saúde recomenda o papanicolau para mulheres entre 25 e 64 anos e que já começaram a atividade sexual.

De quanto em quanto tempo fazer o papanicolau?

Segundo Oliveira, no geral, o papanicolau deve ser realizado anualmente. No entanto, após dois exames normais consecutivos realizados com um intervalo de um ano, o preventivo pode ser feito a cada 3 anos.

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“Mas, vale lembrar que, após o primeiro exame, a frequência ideal pode variar de acordo com a idade e o histórico de saúde da mulher. Por isso, o melhor a se fazer é consultar um médico para saber a periodicidade adequada para você”, acrescenta a Dra. Mariana. 

Como é o preparo para o exame?

Conforme dito pela Dra. Cynthia em entrevista à Boa Forma, os cuidados antes do exame podem variar dependendo do serviço de saúde onde você for realizá-lo, porém, na maioria das vezes, é preciso:

  • Evitar relações sexuais, seja com ou sem o uso de preservativos, 72 horas antes do exame;
  • Suspender o uso de cremes ou óvulos vaginais 48 horas antes;
  • Preferencialmente, não realizar durante o período menstrual;
  • Não fazer exame ginecológico com toque, ultrassonografia transvaginal ou ressonância magnética da pelve 72 horas antes

    Como é feito?

    “Para a coleta do papanicolau, a paciente irá deitar-se em posição ginecológica. Será introduzido na vagina, com delicadeza, um aparelho chamado espéculo para localizar o colo uterino, que fica no fundo vaginal. O profissional irá realizar uma raspagem suave com a espátula de Ayres para retirada da amostra de células e, em seguida, introduzirá no orifício externo do colo uma escovinha, a escova endocervical, para a coleta das células do canal endocervical”, detalha a Dra. Cynthia. 

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    Papanicolau dói?

    O papanicolau costuma ser um exame indolor, porém, durante a coleta do material do canal endocervical, algumas mulheres podem sentir uma cólica de pequena intensidade e curta duração.

    Quem não pode fazer o papanicolau?

    Segundo as especialistas, não há contraindicações absolutas para realizar o papanicolau. “As contraindicações relativas são: gestação acima de 20 semanas, período menstrual ou sangramento vaginal, mulheres que não tenham iniciado a vida sexual e pacientes que não fizeram o preparo adequado”, diz a Dra. Daniella.

    Por que é tão importante fazer o papanicolau?

    “O rastreio do câncer do colo do útero salva vidas”, exclama a Dra. Cynthia. Quando a mulher realiza seus exames ginecológicos regularmente, fica mais fácil detectar precocemente qualquer alteração cervical, o que aumenta as chances de um tratamento bem-sucedido. 

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    “Dados da Organização Mundial da Saúde apontam que o câncer de colo uterino é o quarto tipo de câncer mais comum entre as mulheres em todo o mundo. No nosso país, segundo o INCA, é a terceira causa de morte por câncer entre as mulheres. Uma triste realidade que trabalhamos para modificar. Programas organizados que incluam vacinação das meninas contra o HPV, o rastreio do câncer do colo do útero e o tratamento precoce de todos os casos de lesões pré-câncer e câncer, são fundamentais para enfrentar essa doença”, destaca Peterossi.

    O resultado do papanicolau veio anormal. E agora?

    “Caso o resultado do papanicolau seja anormal, não entre em pânico. Uma alteração no exame não significa necessariamente que você tem câncer de colo do útero. Na maioria dos casos, as alterações são causadas por infecções ou inflamações. Apenas o seu médico pode te orientar sobre os próximos passos e os possíveis tratamentos”, alerta a Dra. Mariana.

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