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Otosclerose: doença pode deixar Adriane Galisteu surda e impede nova gravidez

Médica explica qual é a relação entre um quadro que afeta o ouvido e o comprometimento da gestação

Por Ana Paula Ferreira
23 ago 2024, 12h00
Adriane Galisteu revelou diagnóstico de otosclerose
Adriane Galisteu revelou diagnóstico de otosclerose (@galisteuoficial/Reprodução Instagram)

Um diagnóstico revelado recentemente por Adriane Galisteu chamou atenção para um quadro de saúde pouco conhecido: a otosclerose, uma doença óssea que afeta o ouvido. Como contou a apresentadora, o problema a levou a decidir não tentar engravidar pela segunda vez, que despertando ainda mais a curiosidade do público.

Mas, afinal, qual a relação entre uma doença de ouvido e o comprometimento de uma gestação? Segundo Cristiane Adami, médica otorrinolaringologista do Hospital Paulista, o problema está em uma questão hormonal que pode agravar o quadro clínico de quem já tem a doença.

“Os hormônios femininos, especialmente os estrogênios, têm sido associados à progressão da otosclerose. Essa relação foi observada em estudos clínicos e epidemiológicos que indicam que a doença pode progredir mais rapidamente em mulheres, particularmente durante períodos de mudanças hormonais significativas, como a gravidez”, explica a profissional. E completa: “Portanto, o quadro não afeta a gravidez, mas pode piorar durante a gestação, ou seja, pode piorar a perda auditiva da grávida”.

Otosclerose: sintomas, causas, tratamento e prevenção

A médica explica que a otosclerose é uma doença óssea que afeta o ouvido médio, particularmente o estribo (que é um dos três ossículos que transmitem o som do tímpano para o ouvido interno).

“Nessa condição, ocorre um crescimento anormal de tecido ósseo ao redor do estribo, que acaba se tornando menos móvel, dificultando a transmissão das vibrações sonoras para a cóclea, levando à perda auditiva. Isso porque esse crescimento anormal dificulta a condução do som do ouvido para o cérebro.”

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Assim, o principal sintoma, ainda de acordo com a especialista, é justamente a maior dificuldade em ouvir, mas ela também pode se manifestar através da sensação de zumbido.

Embora as causas ainda não sejam completamente compreendidas, a médica explica que fatores genéticos e hormonais desempenham um papel importante na otosclerose. Por isso, a prevenção direta é algo desafiador. Ainda assim, Cristiane elenca algumas medidas que podem ajudar a minimizar o risco de progressão da doença ou a reduzir seus sintomas:

Se houver histórico familiar de otosclerose, é importante fazer check-ups auditivos regulares para detectar precocemente quaisquer sinais de perda auditiva.

Proteção contra ruídos altos pode prevenir a perda auditiva adicional, o que é importante para pessoas com otosclerose, já que a doença em si já compromete a audição.

Manter um acompanhamento regular com um especialista pode garantir que a doença seja monitorada e tratada adequadamente, evitando complicações.

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Manter uma alimentação equilibrada e evitar fatores que possam comprometer a saúde auditiva, como o uso excessivo de fones de ouvido, podem contribuir para a saúde geral dos ouvidos.

Os tratamentos, por sua vez, podem ser cirúrgicos, com aparelhos auditivos ou medicamentosos, a depender da gravidade da doença.

“Os sintomas podem ser amenizados com o diagnóstico correto e o tratamento adequado para cada fase em que a otosclerose se encontra. Algumas medicações ajudam muito a amenizar os sintomas e a estabilizar a doença. Já a cirurgia consiste em substituir o estribo acometido por uma prótese para restaurar a audição“, conclui a médica.

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