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Os riscos da gordura no fígado e como evitar

A doença que atinge, em grande maioria, as mulheres pode ser evitada com um estilo de vida equilibrado

Por Amanda Ventorin
19 set 2021, 13h00
mulher com as mãos na barriga
 (Kindel Media/Pexels)
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Também conhecida como esteatose hepática, ela é uma inflamação do fígado que se caracteriza pela presença de esteatose (acúmulo anormal de gordura em um órgão) associada à evidências de agressão hepática, que é quando as veias do fígado ficam obstruídas, dificultando o fluxo sanguíneo.

“Também conhecida por doença hepática gordurosa, gordura no fígado ou fígado gorduroso, a esteatose hepática é uma condição cada dia mais comum, que pode manifestar-se também na infância e atinge mais as mulheres” completa a nutricionista Marcelly Ximenes. 

Uma das causas da gordura no fígado está relacionada a hábitos pouco saudáveis, como uma alimentação rica em gordura e açúcar e sedentarismo. “Então, pessoas com obesidade, colesterol ou triglicerídeos altos, hepatite B ou C crônica, que fazem uso de medicamentos que contribuem para o acúmulo de gordura no fígado, ficam mais vulneráveis”, conta Rogério Oliveira, nutricionista.

Outra causa é o consumo de álcool. “A esteatose alcoólica é uma consequência primária do uso excessivo e prolongado do álcool, que envolve as consequências do metabolismo do álcool e mecanismos secundários, tais como o stress oxidativo, a depleção da glutationa, a produção de endotoxinas, citocinas e reguladores imunológicos”, explica Marcelly.

Sintomas

Segundo Rogério, é preciso ficar atento aos sinais da doença que incluem fadiga, dores abdominais, perda de apetite ou sintomas mais graves como manchas avermelhadas e feridas na pele, calafrios, tremores, perda de peso, tontura, depressão ou lapsos de memória.

Quando não tratada, a gordura no fígado pode gerar graves consequências além da inflamação e da fibrose (consequente a tentativa de cicatrização pelo organismo), podendo evoluir para hepatite gordurosa (esteato-hepatite), cirrose hepática (alteração estrutural e funcional do fígado, que pode levar a insuficiência hepática e necessidade de transplante) e em casos mais graves, pode dar origem ao câncer no fígado.

O tratamento e como evitar gordura no fígado

Rogério explica que a doença é tratada mais comumente com a melhora dos hábitos de vida como uma alimentação balanceada e a prática de exercícios físicos. “Em alguns casos também é necessário o uso de medicamentos, só o médico poderá avaliar. Mas, no geral, o tratamento envolve reeducação alimentar, atividade física, redução de peso corporal e eliminação do consumo de álcool. É preciso deixar hábitos não saudáveis para trás”, reafirma.

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Quanto à alimentação, Marcelly avisa que é necessário ler os rótulos dos alimentos para evitar certos componentes que agravam o quadro da doença. “Evite aqueles que contenham xarope de milho, sacarose, gorduras trans-insaturadas, conservantes e corantes. Dê preferência aos alimentos que são fontes de ômega-3, como peixes (sardinha, cavalinha, salmão, atum, cação), chia e linhaça (óleo ou farinha); frutas, verduras e legumes (excelentes fontes de vitaminas e minerais).” A profissional recomenda também aumentar o consumo de fibras (aveia, farinhas de linhaça, maracujá, banana verde, arroz integral, pois auxiliam no bom funcionamento do intestino e no controle do colesterol.

“Opte por carnes brancas e acrescente uma porção de oleaginosas como castanhas, nozes, amêndoas no lanche da tarde”, diz ela, que também indica consumir com moderação:

  • gorduras visíveis das carnes;
  • cortes naturalmente gordurosos (picanha, cupim, costela, miúdos);
  • frios e embutidos (salsicha, presunto, bacon, salame, linguiça, mortadela);
  • carnes vermelhas em geral;
  • alimentos rico em açúcar e gordura, como pães, biscoitos recheados, amanteigados, chocolates, salgadinhos de pacotes, refrigerantes;
  • frituras de imersão;
  • alimentos com excesso de óleos vegetais ou outros tipos de gordura no preparo dos alimentos (empanados, milanesa, etc.);
  • molhos industrializados;
  • banha;
  • toucinho;
  • óleo de palmeira (dendê);
  • gorduras hidrogenadas;
  • bebidas alcoólicas.

Além dos hábitos saudáveis serem o tratamento para a gordura no fígado, procurar ter uma alimentação balanceada, se manter ativo e beber moderadamente também são a resposta para evitar a doença.

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