Ter um horário de trabalho bem definido e mais tempo livre para investir em outras áreas da vida é uma das chaves do bem-estar humano. Ao menos é o que aponta o Relatório Mundial da Felicidade, elaborado pela ONU. “Países que figuram no topo do ranking, como a Finlândia e a Dinamarca, levam um estilo de vida em que as interações sociais (com família e amigos, por exemplo) são tão importantes quanto a carreira. Aqui no Brasil ainda somos sequestrados por um ideal de carreira que está muito associado ao medo de perder o emprego e a um tipo nocivo de produtividade”, explica Carla Furtado, diretora executiva do Instituto Feliciência e expert em Felicidade Interna Bruta (FIB) pelo Schumacher College e pelo Gross National Happiness Centre.
Outra ideia que está sendo testada em alguns países é uma jornada de trabalho menor, com apenas 4 dias por semana. “Os estudos não são consensuais, mas sabemos que não somos produtivos 8 horas por dia. Acredito que essa mudança já está em curso e que cada vez mais o importante serão as entregas que precisamos fazer e não necessariamente a quantidade de horas trabalhadas”, avalia Carla. Para a especialista, o home office instaurado em massa pela pandemia será um importante catalisador dessas adaptações.