8 motivos por detrás do seu cansaço
Desidratação, sedentarismo ou estresse podem ser algumas das causas do cansaço
Você pode até ter dormido bem e acordado bem descansado, mas depois de algum tempo bate aquele cansaço intenso, que te faz diminuir o ritmo – e deixar algumas tarefas para trás. Apesar de isso ser algo normal de se acontecer de vez em quando, o sentimento de fadiga e cansaço constante pode ser sintomas de diversos problemas – desde um sono conturbado, até falta de vitaminas. Veja alguns motivos que podem estar causando o seu cansaço:
8 MOTIVOS POR DETRÁS DO CANSAÇO
1NOITE MAL DORMIDA
Dormir bem é algo fundamental. É nele que restabelecemos a energia dos músculos e órgãos vitais, liberamos hormônios regeneradores e revitalizantes (como o hormônio do crescimento, testosterona e melatonina), descansando nosso corpo para um novo dia.
Não dormir o suficiente à noite muitas vezes leva à sonolência diurna, fadiga diurna, humor deprimido, mau funcionamento diurno e outros problemas de saúde. Quando isso se torna regular, a curta duração habitual do sono tem sido associada a resultados adversos à saúde, incluindo obesidade, diabetes tipo 2, hipertensão, doenças cardiovasculares e depressão.
Há também a insônia (termo para qualquer doença que cause dificuldade em adormecer e permanecer dormindo) é uma das doenças mais comuns do sono e muitas vezes está ligada a estresse, um ambiente ruim para dormir, horários irregulares ou estimulação mental, física ou química excessiva.
O fisiatra Fabrício Buzatto explica que para uma boa noite de sono, é importante manter o ambiente escuro, limitando o estímulo luminoso (luz, clular, tv, telas). Além disso, é importante investir em um bom colchão, em temperaturas altas refrescar o ambiente (ou esquentá-lo ao inverso).
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DÉFICIT NUTRICIONAL
A deficiência de ferro (a causa de baixa ferratina e até mesmo a anemia) e falta de vitaminas (B2, B3, B5, B6, B9, B12, D e C) muitas vezes leva ao cansaço e fadiga ao longo do dia. Fabrício Buzatto menciona que dietas restritivas ou que cortam os carboidratos também promovem um sentimento de cansaço pela deficiência de energia que causa.
Aproximadamente 25% das pessoas em todo o mundo têm anemia. A deficiência de ferro, a causa mais comum, é responsável por 50% de todas as anemias. Seus sintomas podem variar de fadiga, diminuição da capacidade de trabalhar até falta de ar e sua suplementação deve ser feita após diagnóstico médico e sua resposta ao tratamento frequentemente observada em 14 dias.
Já a vitamina D tem um papel fundamental na homeostase do cálcio e no metabolismo ósseo e sua falta pode provocar fadiga até a osteoporose. Já outras vitaminas, como a B12 são responsáveis pela distribuição de oxigênio para o corpo e produção de energia.
A alimentação exerce um importante papel quando o assunto é deficit nutricional. “Uma alimentação que não contenha carboidratos, proteínas, gorduras, fibras, vitaminas e minerais em quantidades adequadas, dificilmente vai suprir todo o aporte nutricional que o nosso organismo precisa diariamente. Isso porque todos esses nutrientes são importantes para o funcionamento do nosso corpo, e, juntos, participam de tarefas como: fornecimento de energia, manutenção da massa muscular, função celular e regulação de sistemas (neurológico e gastrointestinal, por exemplo)”, comenta a nutricionista Natalia Barros.
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ESTRESSE
O maior vilão dos tempos modernos é ele: O estresse. Sendo a causa de diversos problemas, ele também pode levar ao cansaço crônico. “É uma resposta evolutiva em situações de ameaça. Há a liberação de diversos hormônios que aumentam o catabolize energético, os batimentos cardíacos, e tudo isso faz um desgaste energético. Então o estresse, o cortisol elevado cronicamente, compromete todas as funções do corpo” compartilha o fisiatra.
De acordo com estudos, o transtorno de exaustão relacionado ao estresse (TA) é uma condição clínica caracterizada por sintomas psicológicos e físicos de exaustão desenvolvidos em resposta ao estresse psicossocial de longo prazo. Ao analisarem pacientes com burnout clinico, foi descoberto que os indivíduos demonstraram níveis elevados de fadiga, esforço e aversão ao realizar uma tarefa de atenção, e que um nível mais alto de fadiga foi associado ao desempenho prejudicado da tarefa. Além disso, o estresse crônico pode causar mudanças funcionais e estruturais no cérebro, levando a inflamação crônica, que leva a fadiga.
É quase impossível eliminar todas as fontes de estresse, mas saber como controlá-lo o momento de descansar é imprescritível.
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PODE SER O SINAL DE ALGUM PROBLEMA MAIOR
É importante ressaltar que se sentir cansado o tempo todo não é algo normal, e que isso pode ser o sinal para problemas mais graves. Alguns problemas de saúde como apneia do sono, hipotireoidismo, cancêr, problemas no fígado, depressão e até memso diabete podem estar por trás desse sentimento.
Além disso, a síndrome de fadiga crônica é uma condição multissistêmica complexa muitas vezes caracterizada por fadiga grave, disfunção cognitiva, problemas de sono, disfunção autonômica e mal-estar pós-esforço, que pode prejudicar gravemente a capacidade do indivíduo de realizar as atividades de vida diária e pode estar atrelada a genética, infecções e até alterações no sistema imunológico.
É importante consultar o médico caso você esteja sentindo um cansaço extremo e regular, sem algum motivo aparente, pois o tratamento pode ajudar a melhorar o quadro e a saúde em um geral.
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TALVEZ VOCÊ ESTEJA CONSUMINDO MUITOS ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS
Apesar de serem apelativos e deliciosos, os alimentos ultraprocessados trazem diversas consequências para a saúde. Em um estudo, por 28 dias, 82 pessoas mantiveram um dieta com altos níveis de açúcar e ultraprocessados, onde registraram o aumento de 38% de sintomas depressivos e 26% de fadiga.
“De modo geral, eles não apresentam quase nenhum valor nutricional, e possuem grande quantidade de sal, de açúcar, e gorduras saturadas, além de aditivos químicos. Por isso, pensando novamente na nutrição do nosso organismo, os alimentos ultraprocessados não contribuem significativamente para suprir as necessidades diárias que o corpo apresenta’. diz Natalia. “Além disso, os excessos de sal e de açúcar se relacionam diretamente com o maior risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares e diabetes, respectivamente, impactando também na disposição do indivíduo”.
Por isso, é importante evitar o consumo de margarina, frituras, embutidos e bolachas recheadas. Entretanto, existem alimentos industrializados que são boas opções e fontes de nutrientes, que também não deixam a praticidade de lado: é o caso do iogurte natural, do atum conservado no óleo, aveia, e castanhas, por exemplo.
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VOCÊ ESTÁ BEBENDO MUITO CAFÉ
Apesar de Gilmore Girls ter vangloriado o consumo excessivo de café, esse costume pode trazer mais malefícios do que benefícios para saúde.
Apesar de a cafeína ser conhecida pelo seu efeito estimulante no organismo (que poderia sim evitar a fadiga a curto prazo), quando consumida em grandes quantidades e de maneira frequente, ela pode gerar efeitos adversos, como irritabilidade e enxaqueca, principalmente em pessoas que não estão acostumadas a consumi-la. Além disso, a cafeína acaba sendo uma fonte temporária de energia, não resolvendo a causa do problema (que pode ser, como citado anteriormente, a falta de algum nutriente) e podendo ainda desregular o sono, fator importantíssimo no tratamento para a fadiga.
Um estudo realizado com 462 mulheres mostrou que o consumo excessivo de cafeína e bebidas energéticas estavam atreladas a uma qualidade de sono ruim e distúrbios do sono.
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OU POUCA ÁGUA…
A desidratação apresenta efeito direto na produção de energia no nosso organismo, já que a água participa ativamente desse processo e de muitos outros essenciais para o bom funcionamento do nosso corpo. “É importante beber pelo menos 2 litros de água por dia e ainda se atentar à ingestão de álcool, que também auxilia no processo de desidratação e ainda desregula o sono” conta Natalia.
Apesar de muito se ser especulado sobre a quantidade ideal de consumo de água diário, que em média é 2,5L por dia, essa número depende de vários fatores como peso, idade, nível de atividade física e sexo. O importante é manter uma boa hidratação, já que alguns sintomas da sua falta incluem sede, fadiga, tontura e dores de cabeça.
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UM ESTILO DE VIDA SEDENTÁRIO
De acordo com um estudo realizado com 73 mulheres os sentimentos de fadiga e cansaço foram amenizados com práticas constantes de exercícios físicos, onde analises de efeitos principais simples demonstraram que aquelas que eram menos sedentárias tinham níveis de fadiga significativamente mais baixos do que aquelas que se exercitavam menos.
Além disso, outro estudo relatou que um treinamento físico de baixa e moderada intensidade que durou seis semanas de treinamento físico baixo e moderado realizado por adultos sedentários sem uma condição médica bem definida ou uma síndrome de fadiga inexplicável, mas relatando sentimentos persistentes de fadiga, resultaram em efeitos benéficos semelhantes nos sentimentos de energia. Os efeitos para os sintomas de fadiga foram moderados pela intensidade do exercício, e o resultado mais favorável foi obtido com o exercício de baixa intensidade.