Reconhecido por ser uma das tecnologias mais utilizadas na área da estética, o laser também pode ser indicado por ginecologistas para o tratamento de condições vaginais, especialmente durante a menopausa. Esse procedimento, que no geral é indolor, também é uma boa escolha para lidar com alterações estéticas na vulva.
Mas, vale um alerta: segundo a Dra. Priscila Pyrrhno, médica integrativa e especialista em sexualidade humana, existem algumas contraindicações. “Pacientes diagnosticados com câncer, doenças de colágeno, problemas de coagulação ou infecção vaginal ativa não devem fazer o laser vaginal, assim como as grávidas”, ressalta.
O QUE É?
O laser vaginal consiste em uma terapia não invasiva que provoca micro lesões no tecido da vagina, estimulando a produção de colágeno e da elastina, o aumento da vascularização e a melhora da lubrificação. “A técnica envolve a emissão de pulsos de energia a laser, com comprimento de onda controlado, e faz com que a mucosa recupere sua hidratação e elasticidade e fique mais rejuvenescida”, explica.
A médica ainda conta que, normalmente, são feitas pelo menos três sessões com intervalos de 30 a 40 dias entre elas. Entretanto, isso varia de acordo com as necessidades individuais de cada paciente. Além disso, em alguns casos, também pode ser aconselhável a realização de sessões de manutenção.
Em relação aos efeitos colaterais, eles surgem quando o laser é utilizado em uma frequência inadequada, provocando queimaduras, ardências e outros incômodos. No entanto, quando o procedimento é feito corretamente, seguindo todas as recomendações e priorizando a segurança, ele não costuma causar desconfortos significativos.
PARA QUAIS CASOS É RECOMENDADO?
Situações comuns durante a menopausa ou após esse período, como ressecamento e atrofia vaginal, podem ser tratadas por meio do uso dessa técnica. Por proporcionar a revitalização da mucosa desse órgão feminino, o laser vaginal contribui para a restauração da lubrificação natural e para a melhora da flacidez. Dessa forma, pode ser considerada uma opção terapêutica que favorece a qualidade de vida geral da mulher.
Lesões pós-parto e quadros leves de incontinência urinária são outros problemas que também se beneficiam do laser vaginal, como afirma a Dra. Priscila. E, vale lembrar que, quando aplicado na parte externa, o procedimento resulta no clareamento da vulva.
CUIDADOS APÓS O LASER VAGINAL
Por fim, a especialista em sexualidade humana destaca quais são as principais precauções a serem tomadas após o tratamento:
- Evitar relação sexual por 2 a 5 dias;
- Se houver ardência, usar anti-inflamatório local ou lubrificante;
- Evitar banho de praia e piscina por uma semana.