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Mau funcionamento intestinal pode piorar a celulite: entenda a relação

Especialistas afirmam que o funcionamento intestinal está ligado ao aparecimento e piora da celulite. Saiba mais!

Por Juliany Rodrigues
30 abr 2024, 14h00

A lipodistrofia ginoide, conhecida popularmente como celulite, tem entre suas causas a genética e os hábitos de vida. No entanto, o que muita gente não sabe é que ela também tem relação com o funcionamento intestinal. Segundo a Dra. Claudia Marçal, dermatologista, esse é um assunto que tem sido muito debatido nos últimos congressos médicos. Entenda mais a seguir!

Mau funcionamento intestinal pode piorar celulite

Segundo a especialista, pesquisas apontam que pacientes que sofrem com disbiose intestinal, um problema em que há um desequilíbrio das bactérias presentes no intestino, podem sofrer com a proliferação de microrganismos que mexem com os níveis de estrogênio no corpo.

“Isso pode colaborar para a obesidade, síndrome metabólica e celulite”, afirma ela, que é membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Academia Americana de Dermatologia (AAD).

Além disso, a Patrícia França, farmacêutica e gerente científica da Biotec Dermocosméticos, aponta que a disbiose intestinal atrapalha a absorção dos nutrientes, favorece a resistência insulínica e contribui para a inflamação.

“Com o mau funcionamento intestinal teremos a liberação de substâncias ‘tóxicas’ provenientes da parede celular bacteriana no sangue, um processo chamado de endotoxemia metabólica. Todo este processo é gerado por uma dieta ruim, altos níveis de estresse e consumo excessivo de medicamentos, como omeprazol e até mesmo alguns tipos de antiobióticos”, completa França.

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Celulite pode evoluir

Nem todo mundo sabe que a celulite pode evoluir e, nos casos mais avançados, pode provocar dores e alteração da temperatura local.

A dermatologista conta que essa condição é caracterizada pela inflamação do tecido adiposo. “Essas células gordurosas sofrem um processo de alteração da boa morfologia, apresentando excesso de gordura em seu interior e deformidade da sua parede com um quadro de fibrose dessas estruturas”, diz ela. Como consequência disso tudo, surgem aqueles “buraquinhos” na pele.

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“Quanto às classificações, a celulite pode começar com um grau I, um grau leve e assintomático, e ir evoluindo gradativamente de acordo com o não-tratamento”, explica a dermatologista.

O principal fator que faz as celulites serem mais comuns nas mulheres é o hormônio estrogênio. Além disso, a predisposição genética, o sobrepeso, a má alimentação, o sedentarismo e as alterações vasculares também influenciam no quadro.

O quadril, os glúteos, as coxas, o abdômen inferior e os braços são as partes do corpo mais afetadas pela celulite. “Não podemos dizer que a celulite tem cura; ela tem controle e melhora. E isso depende muito dos hábitos de vida desse paciente, do momento que ele está vivendo, a qualidade das horas de sono, sua alimentação, a prática de exercícios físicos e os tratamentos que são realizados, conclui a dermatologista.

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