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3 hábitos que danificam o cérebro – e que você pode mudar ainda hoje

Os nossos hábitos interferem diretamente na saúde do nosso cérebro, comprometendo a memória, o processo de aprendizagem e até o nosso foco

Por Marcela De Mingo
26 set 2022, 08h00

O cérebro humano é um órgão bastante complexo, tanto que ainda existem muitas dúvidas sobre o seu funcionamento. No entanto, algumas coisas são certeiras: os nossos hábitos podem colaborar para a saúde do cérebro ou deixá-lo menos saudável. 

De acordo com Abel Antonio, psicólogo cadastrado no GetNinjas, além da parte orgânica (as características morfológicas e fisiológicas do cérebro), podemos considerar os aspectos funcionais (cognitivos e sensoriais) como características de um cérebro saudável. 

“É possível descrever o ‘aspecto cognitivo’ como a capacidade de processar informações, de raciocinar, de ter um pensamento lógico e a habilidade de comunicar ideias”, explica. “Já o ‘aspecto sensorial’ se relaciona à capacidade de interpretar e analisar os estímulos provenientes do ambiente externo por meio dos nossos cinco sentidos: visão, tato, audição, olfato e paladar.”

Dessa forma, temos que um cérebro não saudável em relação ao aspecto cognitivo pode ocasionar neuroses, e um cérebro não saudável em relação ao aspecto sensorial pode resultar em psicoses.

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Talvez isso não seja uma grande surpresa, mas, hoje em dia, um dos principais fatores que colaboram para um cérebro não saudável é o estresse. Para o psicólogo, a exposição a ambientes em que “prevalecem situações de pressão emocional ou estresse físico e mental de modo intenso e constante” é o principal responsável pelas questões relacionadas ao órgão. 

3 HÁBITOS QUE DANIFICAM O CÉREBRO

Muitas vezes, não conseguimos controlar o nível de estresse de um ambiente ou situação – pense na pandemia, por exemplo, que gerou níveis de estresse altíssimos no mundo inteiro. No entanto, a forma como levamos e lidamos com os nossos dias está sob o nosso controle. 

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Dito isso, pedimos a ajuda do psicólogo, de Josué Alencar, idealizador e Diretor do Persono, e da Dra. Vera Shukumine, médica nutróloga da Sami Saúde, para entendermos os principais hábitos modernos que danificam o cérebro e comprometem a sua saúde. 

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Estresse e ansiedades ‘internos’

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Sim, não controlamos a ocorrência de situações estressantes, mas temos poder sobre a maneira como lidamos com ela. Não fazer isso, no entanto, é um péssimo hábito, quando se fala na saúde do cérebro (e do corpo como um todo). 

“É o hábito de fixarmos nossos pensamentos em situações desfavoráveis, considerando-as não temporárias, como se fossem eternas e incapazes de serem superadas, como se toda nossa vida fosse determinada pelas situações que vivenciamos no momento”, explica Abel. “A pandemia que enfrentamos nos mostrou isso. Ficamos sujeitos a pensamentos de inquietação, medo, frustração, destruição e morte. Como, com a repetição, os pensamentos tendem a criar padrões e, sendo esses pensamentos negativos, cria-se padrões prejudiciais à saúde que podem levar a estados mentais doentios, com grande sofrimento psíquico. Consequentemente, o organismo se desequilibra e há o adoecimento físico.”

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Alimentação desequilibrada

“Todos os órgãos precisam de ‘combustível'”, explica a Dra. Vera. “A colina, por exemplo, um nutriente que faz parte do complexo B, é fundamental para manter as habilidades cognitivas, além das funções neurológicas, e também ajuda na manutenção da memória. Esse nutriente está presente em alimentos como brócolis, couve-flor, salmão, soja e fígado.”

Ou seja, a alimentação também interfere na saúde do órgão, de modo que uma dieta rica em açúcares e gorduras pode interferir negativamente no seu funcionamento, ao passo que uma alimentação equilibrada e saudável estimula o bom funcionamento cerebral. 

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Dentre os alimentos que são amigos do cérebro, temos: 

“É fato que nossos hábitos diários impactam diretamente em nossa saúde física e mental”, continua a médica. “Por isso, vale ressaltar que, além dessa dieta mais saudável com a ingestão de nutrientes e vitaminas, ter bons hábitos como praticar exercícios físicos regularmente, dormir bem, se manter hidratado, e evitar o consumo de bebidas alcoólicas é crucial para um bom funcionamento do cérebro.” 

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Noites mal dormidas

O sono tem um papel fundamental na manutenção da saúde do cérebro, pois é nesse período que ocorrem processos importantes como a fixação das memórias, dos aprendizados e a eliminação de toxinas que podem acelerar doenças degenerativas. 

“Além disso, quando o sono é insuficiente, ficamos mais letárgicos e ‘cansados’ ao longo do próximo dia, o que leva à diminuição da produtividade em casa, na escola ou no trabalho, e, em alguns casos, a sonolência pode representar um perigo para quem trabalha dirigindo ou operando máquinas grandes”, explica Josué. “Dormir pouco também compromete outros aspectos da saúde como densidade óssea, tônus muscular, desempenho físico e, a longo prazo, pode causar hipertensão, AVC, maior risco de diabetes, baixa imunidade e infarto.” 

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