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Caso Faustão: saiba quando é indicado o transplante renal

O apresentador passou por um transplante renal no fim de fevereiro deste ano. Saiba mais sobre o procedimento!

Por Juliany Rodrigues
16 Maio 2024, 19h00

Recentemente, a Luciana Cardoso, esposa do apresentador Fausto Silva, revelou que seu marido conseguiu vencer a rejeição do transplante renal ao qual foi submetido no fim do mês de fevereiro deste ano.

“Hoje, 5 de abril, completam 47 dias da internação para o implante renal do meu marido Fausto Silva. Nesse período, muitas coisas acontecerem e ele tem lutado bravamente para se manter bem, com energia e disposição para colaborar com sua recuperação. Há 3 semanas, tivemos a notícia que seu corpo não estava aceitando o novo órgão. Então, um tratamento mais potente foi iniciado e há 2 dias tivemos a feliz resposta que aguardávamos: a rejeição foi vencida”, comemorou ela, em uma publicação nas redes sociais.

É importante lembrar que o apresentador teve que realizar um transplante renal devido à piora de uma doença renal crônica. A cirurgia aconteceu no Hospital Albert Einstein, em São Paulo (SP). Faustão recebeu alta do hospital no último dia 12 de abril e está em casa seguindo os cuidados necessários para a sua recuperação.

A seguir, saiba como é feito e para quais casos é indicado o transplante renal.

Como é feito o transplante renal?

O transplante renal é uma cirurgia de médio porte na qual um rim saudável, que pode ser de doador vivo ou falecido, é colocado no receptor, garantindo a eliminação de toxinas e de líquidos.

“Os rins ‘nativos’ não são retirados, a menos que estejam infeccionados ou causem aumento excessivo de pressão arterial. Após o transplante, o paciente deve ser mantido com um regime de medicamentos imunossupressores para evitar a rejeição”, explica o Dr. Eduardo Tibali, nefrologista do Hospital Edmundo Vasconcelos.

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Quando esse procedimento é indicado?

Segundo o Dr. Pedro Túlio, nefrologista da Klini Saúde, o transplante de rim é indicado para casos de doença renal crônica estágio 5 e de insuficiência renal muito avançada.

“Vale ressaltar que o transplante não se trata da CURA da doença renal crônica, sendo apenas uma opção de tratamento para esse problema”, afirma o Dr. Matheus Falcão, nefrologista e professor do curso de medicina do Centro Universitário de João Pessoa.

Esse procedimento já foi destinado apenas a pacientes mais jovens, no entanto, hoje, são poucas as contraindicações, garante o Dr. Pedro.

Como é identificada a rejeição do novo rim?

Quando acontece a rejeição do novo rim, o indivíduo pode apresentar alguns sintomas, entre eles, dor no local do enxerto, sangue na urina, febre e aumento da pressão arterial.

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“O maior indício de rejeição é a piora da função renal verificada apor meio do exame da creatinina durante as consultas ambulatoriais, principalmente em pacientes que ficaram sem a medicação, com a utilização inadequada ou com dosagens baixas dos imunossupressores”, conta o

Para confirmar a rejeição, pode ser realizada uma biópsia do rim, segundo a Dra. Mariana Menegusso, nefrologista.

O que pode ser feito em casos de rejeição?

Tibali afirma que a rejeição de um novo órgão é um fenômeno complexo que pode ocorrer por diversas razões. “Pode ser por atividade celular ou por anticorpos no receptor”, resume ele.

Após a rejeição do rim ser confirmada por meio dos exames, podem ser feitos tratamentos endovenosos com corticoide e imunossupressores em doses mais altas. “Essa medida ajuda a reverter ou melhorar o processo inflamatório da rejeição do enxerto, apresentando boa taxa de sucesso”, diz o Dr. Matheus.

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Conforme destacado pela Dra. Mariana, quando os medicamentos não dão certo, pode haver a necessidade do paciente retornar à diálise.

“Muitas vezes, quando se dá a rejeição do transplante, não é necessário retirar o enxerto, sendo que ele permanece lá, mas sem função, fazendo com que a pessoa tenha que voltar a fazer a hemodiálise. Mas existem sim situações nas quais o novo rim tem que ser retirado”, conclui Menegusso.

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