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Fadiga pandêmica: os efeitos da pandemia na nossa saúde mental

Especialista analisa comportamento gerado pela quarentena: misto de esgotamento e apatia dominam

Por Amanda Panteri
17 Maio 2021, 09h00 • Atualizado em 21 out 2024, 16h36
Fadiga Pandêmica
 (Luis Villasmil | Unplash/Reprodução)
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  • Fadiga pandêmica é apenas um dos muitos nomes que tivemos que aprender recentemente. Poucos meses depois da primeira onda de Covid-19 completar um ano aqui no Brasil, algumas emoções permanecem na rotina das pessoas, agora com um agravante: o sentimento de esgotamento.

    Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a fadiga da pandemia já afeta cerca de 60% da população mundial. Para a psiquiatra Maria Francisca Mauro (@mariafranciscamauro), Mestre em Psiquiatria pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), isso acontece por conta da falta de prazo para a resolução desse problemão que o país vive.

    Mas o que é a fadiga pandêmica?

    Justamente a sensação de cansaço extremo, que pode vir acompanhada de:

    • Tristeza;
    • Apatia;
    • Dificuldade para estabelecer uma rotina;
    • Perda de interesse;
    • Indiferença aos fatos e acontecimentos;
    • Pensamento de que a vida só vai acontecer para valer quando tudo isso passar.

    A especialista complementa que alterações no sono e dificuldade para dormir também são sintomas do problema. “O apetite diminui, não há horários para as refeições. O contrário também é válido: comer demais como uma ‘recompensa’ para aliviar o desconforto emocional”, afirma.

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    Os sinais podem evoluir para quadros mais sérios, como depressão, crises de pânico ou ansiedade e abuso de substâncias químicas.

    O que causa a fadiga pandêmica?

    Geralmente ela acontece por uma soma de problemas do dia a dia, que se repetem e deixam a gente desmotivada. “Alguns exemplos são a dificuldade de aprendizado das crianças, sobrecargas no trabalho e impossibilidade de eventos sociais que dão prazer.”

    fadiga pandêmica fadiga da pandemia
    O sentimento de exaustão mental afeta muitas pessoas nesse isolamento / (Andrew Neel/Pexels)
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    Perigos

    Sentir que você já deu o seu máximo para se adaptar ao contexto da pandemia e, ao mesmo tempo, não encontrar soluções para driblar ou superar todas as mudanças é extremamente delicado. Além do surgimento dos sintomas acima, pode ficar cada vez mais difícil respeitar o isolamento social.

    “Ao longo dos meses, aquela ameaça iminente vai ganhando um contorno menos aflitivo. O que era tão desconhecido e aterrorizador vira rotina. O cérebro se adapta aos estímulos de desconforto, diminuindo as respostas de sensação de ameaça que eram tão intensas no início”, diz a profissional.

    É por isso que vemos gente se recusando a usar máscara ou indo a festas e comemorações públicas: muitas delas estão buscando fugir da fadiga da pandemia. Mas essa não é, nem de longe, a forma mais responsável de lidar com a questão.

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    O que fazer então?

    “É preciso acompanhar os fatos e estudar como os outros países estão enfrentando a pandemia. Ao concluir que a solução não é tão mágica quanto a ‘imunidade de rebanho’, a gente consegue manter o esforço diário.”

    Apostar em práticas que trazem um ar de novidade para a sua rotina também pode ajudar. Confira algumas alternativas para driblar a fadiga pandêmica em nossa matéria.

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