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Dicas para manter a saúde visual das crianças diante das telas

Dor de cabeça, coceira e ardência ocular estão entre os sintomas causados pelo uso excessivo de telas. Entenda!

Por Juliany Rodrigues
Atualizado em 3 Maio 2024, 12h38 - Publicado em 2 Maio 2024, 18h00
Excesso de telas pode prejudicar a visão das crianças
Como o uso excessivo de dispositivos eletrônicos prejudica a visão das crianças? | (freepik/Freepik)
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Não é difícil encontrar por aí uma criança que passa horas e horas conectadas em dispositivos eletrônicos, seja jogando, estudando, assistindo vídeos ou conversando com os amiguinhos. E esse hábito pode trazer diversos impactos negativos à saúde dos pequenos, prejudicando, por exemplo, a visão.

Para o Prof. Me. Paulo Henrique Oliveira de Lima, coordenador do curso de Óptica e Optometria do Centro Universitário Braz Cubas, a pandemia é um dos fatores envolvidos no aumento do uso de telas pelas crianças.

“A pandemia trouxe uma mudança de hábitos que tornou o afastamento social ainda maior, fazendo com que as brincadeiras coletivas acabassem diminuindo. Os millenials, muito antes dos celulares e tablets, já tinham uma propensão à tecnologia, uma vez que os televisores eram mais acessíveis do que a geração anterior, fora o acesso a jogos eletrônicos. O que antes as crianças se juntavam para jogar videogame na casa de um amigo, hoje não é mais necessário, devido à rede social em torno”, opina.

Prejuízos na visão

De acordo com o profissional, com o uso contínuo desses dispositivos muito próximos aos olhos, a musculatura interna do olho tende a fazer mais força do que deveria.

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“Isso causa muito cansaço visual ao longo do dia e pode fazer com que a criança passe a enxergar mal, especialmente para longe. Há pesquisadores que acreditam que o uso excessivo das telas irá causar uma ‘epidemia de miopia’ até 2050″, afirma.

Entre os sintomas que podem surgir por causa desse hábito estão: dores de cabeça na região da testa e em torno dos olhos, ardência ocular, coceira e lacrimejamento.

“Se os pais, responsáveis ou educadores notarem que a criança costuma coçar muito os olhos ou reclamar de dor de cabeça, podemos ter um quadro de alteração visual causado pelo uso das telas. Um outro sinal é a falta de concentração, especialmente quando tenta ler”, completa. Vale lembrar que todos esses desconfortos também podem acometer os adultos.

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Como tratá-los?

Para tratar os prejuízos visuais, o primeiro passo é identificar o problema, observando o comportamento visual e as queixas da criança. Feito isso, é fundamental procurar um especialista para que ele investigue a situação. Existem testes específicos que podem ser feitos para medir a função visual.

“É montado um plano terapêutico baseado em resolver o problema e aumentar a performance visual, seja pelo uso de óculos, prismas, exercícios, ou a combinação deles. Assim, o ideal seria os pais levarem seus filhos em idade pré-escolar e escolar para uma avaliação, de forma que o profissional consiga analisar e identificar alguma alteração de ordem visual que no futuro pode gerar algum prejuízo não somente escolar, mas para a vida cotidiana do cidadão”, destaca.

Os tradicionais óculos de grau podem ser indicados para diminuir os efeitos negativos das telas e para melhorar a visão de longe. Segundo Paulo, há lentes específicas que contribuem para o relaxamento ou estimulação da musculatura e até mesmo para o controle do avanço da miopia infantil.

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O professor de optometria ainda dá algumas dicas para minimizar os impactos na visão. “Fazer pausas periódicas durante o uso de telas, como smartphones e computadores, é essencial para um bom desempenho visual e prevenção de alterações visuais e oculares. Um bom exercício é o denominado ‘20-20’, em que a pessoa utiliza a tela por 20 minutos, e por 20 segundos olha o mais distante que conseguir pela janela. A repetição durante o dia, a semana e o mês auxiliam na harmonia do sistema visual e pode prevenir os sintomas do uso excessivo de telas”, fala.

Outras atividades

Para reduzir o tempo de tela das crianças, Paulo sugere estimular brincadeiras lúdicas sociais, como jogos de tabuleiro, o interesse por esportes coletivos ou individuais e o aprendizado de algum instrumento musical.

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