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3 doenças silenciosas que podem afetar a fertilidade

Existem doenças que, muitas vezes, podem passar despercebidas e atrapalhar as chances de gravidez. Saiba mais!

Por Juliany Rodrigues
25 abr 2024, 14h00
doenças silenciosas fertilidade
Conheça 3 doenças silenciosas que podem afetar a fertilidade | (gpointstudio/Freepik)
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Se você está tentando engravidar há mais de um ano e ainda não conseguiu, o melhor a se fazer é procurar ajuda médica para investigar o que está causando esse problema. De acordo com o Dr. Fernando Prado, especialista em Reprodução Humana, membro da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva e diretor clínico da Neo Vita, existem doenças silenciosas que podem afetar a fertilidade. A seguir, descubra três delas:

1

 

Diabetes

A diabetes é uma condição caracterizada pelos níveis elevados de açúcar no sangue  e que, segundo o profissional, muitas vezes, pode passar despercebida. Os principais sintomas são: cansaço sem explicação, fome, sede excessiva, perda de peso (no caso de diabetes tipo 1), ganho de peso (diabetes tipo 2), vontade constante de fazer xixi e infecções recorrentes.

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Apesar de serem diferentes, tanto a diabetes tipo 1 quanto a tipo 2 podem impactar negativamente a fertilidade e atrapalhar a concepção de um bebê.

“O tipo 2 é o mais comum em incidência e está ligado a uma deficiência hormonal na mulher, além de ciclos menstruais irregulares, o que pode favorecer a infertilidade. Os hormônios, na verdade, ficam em desequilíbrio, de forma que, quanto menor for a ação da insulina, maior será a produção de hormônios masculinos. No caso do tipo 1, órgãos endócrinos como os ovários podem ser prejudicados, o que pode impossibilitar a gravidez também“, explica ele.

No homem, a doença pode diminuir os níveis de testosterona, dificultando a fabricação e a maturação dos espermatozoides. O volume do sêmen e a motilidade dos espermatozoides também podem ser prejudicados, o que reduz as chances de fecundação e favorece o surgimento de um embrião com má formação.

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“Há casos de disfunções na ejaculação, em que parte dos espermatozoides no sêmen são lançados para a bexiga em vez de sair pela uretra, atrapalhando ainda mais a fecundação”, completa o especialista.

Para evitar essas situações, é fundamental tratar a doença corretamente, adotando um estilo de vida saudável e utilizando os medicamentos prescritos por um médico.

“Quanto antes a diabetes for tratada, menores os riscos de desenvolver problemas metabólicos e maiores as chances de gravidez”, garante.

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2

Síndrome do Ovário Policístico

A Síndrome do Ovário Policístico (SOP), além de favorecer doenças cardiovasculares, diabetes, obesidade e até mesmo o câncer de endométrio, pode atuar como uma grande barreira para a gravidez, uma vez que interfere no processo de ovulação.

“Sem causa específica estabelecida, ela é caracterizada pelo aumento na produção de hormônios masculinos na mulher e pode levar à formação de cistos nos ovários e ao atraso ou interrupção da menstruação devido à falta de ovulação, dificultando a gravidez natural”, diz.

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Seus sintomas mais comuns são: atraso ou interrupção da menstruação, dificuldade de engravidar, ganho de peso, crescimento de pelos no corpo, surgimento de acne, inflamação e resistência insulínica.

Para diagnosticá-la e tratá-la adequadamente, um dos cuidados indispensáveis é manter consultas regulares ao ginecologista. As medidas recomendadas são determinadas de acordo com a gravidade do quadro e das características de cada mulher.

Mudanças no estilo de vida e terapias medicamentosas podem ser necessárias. “Caso a mulher queira engravidar, podemos indicar ainda o uso de indutores de ovulação. Além disso, vale destacar que o congelamento de óvulos é uma ótima opção para mulheres com SOP que desejam engravidar no futuro”, destaca.

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3

Endometriose

A endometriose, apesar de não ser especialmente silenciosa, é uma doença que pode ser difícil de diagnosticar, uma vez que seu principal sintoma as dores pélvicas intensas, podem ser confundidas com cólicas menstruais.

“Ocorre quando as células do endométrio, tecido que reveste a parede interna do útero, em vez de serem eliminadas durante a menstruação, movimentam-se no sentido oposto, depositando-se no interior do abdômen. E, como essas células se espalham pelo aparelho reprodutivo, dificultando desde a fertilização do óvulo até a implantação do embrião, a fertilidade da mulher com endometriose é comprometida”, conta o Dr. Fernando.

Para lidar com a endometriose, os médicos podem indicar o uso de pílula anticoncepcional, analgésicos, anti-inflamatórios e cirurgia.

“Mas o tratamento nem sempre é definitivo, atuando apenas no alívio dos sintomas e controle dos focos da doença. Logo, os sintomas e a dificuldade para engravidar podem retornar. Por isso, o melhor é consultar um especialista em reprodução humana, que poderá indicar as melhores medidas para cada caso”, conclui Prado.

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