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Entenda as doenças mais comuns da tireoide

Médica fala sobre os principais sintomas que podem aparecer quando a tireoide não está funcionando bem

Por Juliany Rodrigues
Atualizado em 28 Maio 2024, 11h27 - Publicado em 27 Maio 2024, 14h00
doenças mais comuns na tireoide
Endocrinologista fala sobre as doenças mais comuns na tireoide. | (freepik/Freepik)
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De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 750 milhões de pessoas no mundo sofrem com doenças na tireoide. “A tireoide é uma pequena glândula localizada na base do pescoço que desempenha um papel crucial em diversas funções do corpo humano, por exemplo, regulação de hormônios”, explica a Dra. Elaine Dias JK, PhD em endocrinologia pela Universidade de São Paulo (USP).

A médica explica que as mulheres apresentam de cinco a oito vezes mais probabilidade de terem condições tireoidianas.

Cansaço, alteração do colesterol, retenção de líquido, unhas quebradiças, desânimo, queda de cabelo, dificuldade para engravidar e taquicardia ou bradicardia são alguns dos sinais que podem indicar problemas na glândula.

Existem várias doenças que podem se manifestar nessa glândula, sendo que as mais comuns são o 1hipotireoidismo, hipertireoidismo, nódulos na tireoide e câncer na tireoide. Outras menos comuns incluem a tireoidite subaguda (tireoidite de Quervain), tireoidite pós-parto, tireoidite aguda ou supurativa, tireoidite induzida por drogas e tireoidite de Riedel.

Doenças mais comuns na tireoide

Hipotireoidismo

A especialista destaca que a principal causa do hipotireoidismo é uma doença autoimune chamada Tireoidite de Hashimoto. A Tireoidite de Hashimoto faz com que o sistema imunológico ataque as células tireoidianas, o que resulta na diminuição dos hormônios produzidos por essa glândula, principalmente o T$ (tetraiodotironina) e pouco T3 (triiodotironina).

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Com isso, a pessoa pode relatar cansaço, desânimo, depressão, retenção de líquido, hemorragia durante a menstruação, infertilidade, aborto espontâneo, dificuldade para emagrecer, bradicardia, alteração na memória, queda de cabelo, unhas quebradiças, aumento do colesterol e da glicose, baixa estatura, intolerância ao frio, constipação, entre outros desconfortos.

Hipertireoidismo

O hipertireoidismo pode ter várias causas, porém a mais comum é a Doença de Graves, condição caracterizada pela produção de anticorpos contra os receptores de TSH na tireoide, levando ao estímulo desses receptores e ao aumento dos níveis hormonais de T4 e t3.

Taquicardia, perda de peso, intolerância ao calor, sudorese, tremores de extremidades, irritabilidade, exoftalmopatia, diarreia, amenorreia (ficar sem menstruar) e sudorese estão entre os sinais mais frequentes do hipertireoidismo.

Nódulos na tireoide

Os nódulos se formam devido a um crescimento anormal no tecido tireoidiano. Eles podem ser malignos ou benignos. A Dra. Elaine conta que apenas cerca de 5 a 10% representam um câncer na glândula.

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“Para determinar se um nódulo é benigno ou maligno, geralmente são utilizados métodos de diagnóstico como ultrassonografia e punção aspirativa por agulha fina (PAAF). A classificação ultrassonográfica dos nódulos tireoidianos é muito usada para determinar se o nódulo tem características benignas ou malignas, fala ela.

A especialista destaca que existe um sistema de classificação dos nódulos na tireoide chamado TIRADS (Thyroid Imaging Reporting and Data System). Ele se baseia em vários fatores observados na ultrassonografia, entre eles, composição do nódulo (sólido, cístico ou misto), ecogenicidade, margens (regular, irregular ou mal definidas), microcalcificações e forma (mais alto que largo ou mais largo que alto).

“Normalmente, os nódulos tireoidianos são assintomáticos. Só apresentam sintomas quando crescem muito, tais como engasgo, dificuldade para engolir e incômodo estético”, ressalta a endocrinologista.

Câncer de tireoide

O carcinoma papilífero é o mais comum dos cânceres de tireoide. A Dra. Elaine diz que ele possui crescimento lento e raramente causa metástase. Tem um bom prognóstico e, para tratá-lo, além do tratamento cirúrgico, pode ser necessário associar a iodoterapia.

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