O infarto acontece decorrente da interrupção do fluxo de sangue a partir da obstrução das artérias coronarianas. “Existem 5 tipos desse infarto, sendo o mais prevalente aquele que ocorre por causa de uma condição chamada aterosclerose, que consiste na formação de placas dentro das artérias, causando a diminuição ou a abrupta parada do fluxo de sangue para determinada parte do coração”, explica a Dra. Nina Azevedo, cardiologista.
Os principais fatores de risco do infarto incluem diabetes, hipertensão, obesidade, sedentarismo, tabagismo, colesterol alto, alimentação inadequada e estresse. “Especialmente nas mulheres na menopausa, as alterações hormonais podem favorecer ainda mais a ocorrência da situação”, destaca.
O sintoma mais comum é uma forte dor no peito que irradia para membros superiores e para a região da mandíbula. Além disso, o paciente pode ter formigamento pelo corpo, enjoo, transpiração excessiva, dificuldade para respirar, palidez cutânea, fadiga intensa e dor na boca do estômago.
“Esses sinais são crescentes e pioram gradativamente nas horas seguintes”, afirma o Dr. Elcio Pires Junior, cirurgião cardiovascular e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular.
O diagnóstico do infarto tem que ser feito por um médico qualificado e o mais rápido possível. “Ao notar qualquer um desses desconfortos, procure um atendimento de emergência imediatamente. Quanto mais precoce for a identificação do infarto, melhor é o prognóstico do paciente”, alerta Azevedo.
Como prevenir o infarto?
1Tenha uma alimentação saudável e equilibrada
De acordo com Priscila Bernardes, coordenadora do curso de Nutrição do Centro Universitário Newton Paiva, a alimentação desempenha um papel significativo tanto na prevenção quanto no manejo das condições cardíacas, incluindo o infarto. “Enquanto alguns alimentos podem melhorar a função do coração, outros podem aumentar o risco de problemas nesse órgão”, conta ela.
Para prevenir o infarto, é necessário evitar o consumo de alimentos ultraprocessados, ricos em sal, gorduras saturadas e em açúcares adicionados e carboidratos refinados.
“Dê preferência a alimentos ricos em ômega-3, como peixes, e aos vegetais e frutas, que também fazem bem à saúde geral do nosso organismo. Também recomendo as oleaginosas, por exemplo, nozes e castanha-de-caju“, orienta o médico.
Faça exercícios físicos regularmente
Embora involuntário, o coração é um músculo que deve ser fortalecido por meio da prática regular de atividade física, assim como os outros que fazem parte do corpo humano. Ter um estilo de vida ativo ajuda a controlar e reduzir alguns fatores de risco do infarto, combatendo a obesidade, o colesterol ruim, a hipertensão, a diabetes e, é claro, o sedentarismo.
3Evite cigarros, inclusive o eletrônico
“A fumaça do cigarro aumenta os níveis de LDL, ou colesterol ‘ruim’, e de uma gordura no sangue chamada triglicerídeos. Dessa forma, uma placa de gordura pode se acumular em suas artérias, aumentando o risco de infartos”, afirma a Dra. Caroline Reigada, nefrologista a intensivista.
4Realize exames periodicamente
Segundo o Dr. Elcio, as doenças cardiovasculares, muitas vezes, podem ser silenciosas, ou seja, não apresentarem sintomas até que o quadro mais grave ocorra.
Nesse sentido, passar em consultas médicas e manter os exames em dia são cuidados indispensáveis para evitá-las, uma vez que contribuem para a detecção precoce de qualquer anormalidade.
“Quem possui histórico familiar de cardiopatias, hipertensão ou diabetes deve prestar ainda mais atenção aos hábitos do dia a dia, além de realizar seus exames de sangue, ecocardiograma, teste de esforço, raio-X de tórax e eletrocardiograma com mais frequência”, enfatiza o cirurgião cardiovascular.