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Acabou o Home Office? Veja como acostumar seu pet a aceitar essa realidade

Como preparar seu pet para voltar a passar mais tempo sozinho depois de quase dois anos de home office

Por Amanda Ventorin
25 set 2021, 14h00
cachorrinho mostrando do fucinho pra cima
 (Lum3n/Pexels)
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Nos últimos tempos, com a vacinação da COVID-19 avançando e o número de casos da doença decaindo, muitos setores ensaiam uma retomada de suas atividades. Muitos escritórios (e serviços que durante a pandemia seguiram de maneira remota) adotaram o modelo híbrido que mescla o home office com trabalho presencial.

Assim como nós precisamos nos adaptar a essa nova realidade, nos acostumando aos poucos com a ideia de trabalhar fora de casa, os pets também precisarão se acostumar com algo que não é comum em quase dois anos: Ficarem sozinhos por um longo período de tempo.

Para isso, o ideal é você tomar umas medidas para que os bichinhos se adaptem com tranquilidade.

Estimule a independência do animal

O veterinário comportamentalista Dalton Ishikawa da Pet Games recomenda que os donos proporcionem uma rotina mais independente do cão mesmo na presença de familiares. “Existe um hiper vinculo, criado durante a pandemia, que precisa ser quebrado. O termo chave é independência dentro de casa, mesmo com a nossa presença. Temos que oferecer recursos, ferramentas e atividades que sejam interessantes, agradáveis e ocupacionais que sejam oferecidos mesmo com nossa presença, mas que naquele momento, durante aquele exercício, ele saiba que não terá nossa atenção”, explica o médico.

Como dica, Dalton recomenda brinquedos que estimulam as atividades de enriquecimento alimentar e recursos de enriquecimento estrutural (como tuneis, verticalizações)

“Uma coisa muito importante é a gente saber proporcionar ao nosso animal momentos positivos durante o período em que ele fica sozinho”, conta Dalton.

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Faça uma transição

É importante que, assim que puder, você comece a trabalhar a acostumar seu cão a passar períodos de tempo sozinhos para que essa transição seja menos traumática e drástica.

“Saia e espere em torno de 10 a 15 minutos fora. Faça isso por alguns dias e vá aumentando o tempo gradativamente”, diz Fernanda Cioffetti, veterinária da Botupharma, que recomenda reforço positivo com carinho ou até petiscos que ele goste muito quando ele se sair bem nessa tarefa.

O processo, para ter um sucesso permanente, precisa ser feito por volta de dois ou três meses e, na melhor das hipóteses, contar com o acompanhamento de um consultor de comportamento.

Não puna!

Caso seu animal esteja sofrendo com o fato de ficar sozinho por muito tempo, ele poderá demonstrar diversos comportamentos aversos como latido ou miado excessivo, destruição de algum objeto (sofá, almofada, roer o pé da mesa), automutilação, fazer suas necessidades em locais errados, brincar com as próprias fezes e ficar sem se alimentar ao estar sozinho.

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A penalização por essas ações, do posto de vista educativo, não deve ser feita.

Segundo Dalton, o animal não associará o seu castigo com o ocorrido e isso apenas comprometerá a confiança e o vínculo que o tutor e pet possuem.

O mais indicado é a prevenção: deixe objetos importantes e de valor longe do alcance do animal, tente antecipar o que ele pode fazer, esconda almofadas, remova tapetes, plantas e qualquer outro objeto que possa ser destruído.

Ao voltar para casa

O comportamento ao retornar para casa, segundo Dalton, não deve ser “motivo de festa”, dar atenção excessiva ao cão ao chegar em casa enquanto o mesmo está eufórico, pode acabar incentivando esse comportamento. Lave as mãos, troque de roupa e assim que o animal começar a se acalmar, dê atenção de maneira gradativa.

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O mesmo cuidado deve ser feito ao sair de casa. Dar atenção excessiva instantes antes de deixá-lo sozinho pode acabar fazendo com que o processo seja mais difícil para o animal. Dalton recomenda distraí-lo com algum brinquedo onde o mesmo interaja sozinho pois, assim, segundo o profissional, ele priorizará a atividade e não sofrerá tanto ao ficar sozinho.

 

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