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Como aumentar a libido e reacender a paixão sexual

Se a libido caiu, saiba: as motivações podem ser tanto biológicas quanto emocionais, e tratar das suas causas é essencial para a retomada do prazer na cama

Por Marcela De Mingo
Atualizado em 7 jun 2022, 11h23 - Publicado em 31 Maio 2022, 08h00

Todo mundo sabe que a pandemia de coronavírus mexeu com o nosso desejo sexual – afinal, o medo e o estresse definitivamente tomaram a frente de boa parte das relações interpessoais. No entanto, ficar com a libido em baixa não é saudável, afinal, o sexo faz parte da vida. Por isso, investigamos, com a ajuda do urologista Dr. Eduardo Leze, como podemos melhorar a libido e retomar o desejo sexual.

O DESEJO SEXUAL É IGUAL PARA TODOS? 

Acredite se quiser: é sim! Segundo uma pesquisa recente desenvolvida pela Datafolha em parceria com a Omens, não existe tanta diferença assim no desejo sexual de homens e mulheres: 79% dos entrevistados desejam ter, pelo menos, uma noite de sexo por semana. Mesmo quando aumentamos a frequência para duas vezes na semana, os números não divergem muito: 27% para as mulheres e 28% para os homens – e o mesmo acontece com três relações sexuais semanais, que são o desejo de 39% das mulheres e 36% dos homens.

“Há pessoas que não ligam muito, outras querem mais. Não há nada de errado nessa diferença, mas, em um contexto pessoal, se houve queda no interesse precisamos avaliar fatores psicológicos, hormonais e metabólicos”, explica o especialista.

Assim como citamos no começo deste texto, o estresse e a ansiedade, tal qual outras doenças mentais, como a depressão, podem interferir diretamente no desejo sexual de alguém. O desgaste, tanto físico como emocional, pode diminuir a vontade de transar tanto quanto uma alimentação ruim e o sedentarismo. Até mesmo a forma como alguém percebe o mundo que o cerca pode ter um efeito negativo na sua libido.

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“A concepção psicológica do que excita homens e mulheres têm diferenças, mas no âmbito fisiológico pode ser pelo mesmo motivo: saúde e taxas hormonais”, continua o profissional. “Além disso, o estresse e o cansaço também podem prejudicar o desempenho sexual. Eles ativam o sistema nervoso simpático, que descarrega adrenalina e cortisol, hormônios ligados à luta e sobrevivência. A ereção pede o oposto: a ativação do sistema nervoso parassimpático, que está ligado ao relaxamento e o bem-estar.”

AFINAL, O QUE FEZ A MINHA LIBIDO CAIR?

Essa é uma pergunta complexa que, infelizmente, não tem uma única resposta. Como o desejo sexual pode sofrer com a interferência de uma série de outros fatores, muitas vezes é difícil identificar de bate-pronto o que, exatamente, está causando essa mudança comportamental.

“É preciso uma longa consulta para a pessoa conseguir dar essa informação sem vieses. Os exames ajudam a identificar o problema. Mas ainda há médicos muito presos somente nos exames, sem se atentarem às queixas”, reflete.

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Essa investigação, aliás, não deve parar no âmbito individual, mas partir também para uma avaliação do casal. Afinal, a queda na libido é um fator particular, mas, para o sexo acontecer, são preciso duas pessoas. Rever a relação, compreender o que mudou nessa dinâmica e o que, de fato, está gerando ruído nesse relacionamento pode ser essencial para o processo de recuperação da libido. “A mente prega peças. Cabe a nós solucionarmos esse quebra-cabeça”, diz Eduardo.

COMO RECUPERAR A LIBIDO? 

Com tudo isso em mente, vamos considerar alguns fatores levantados pelo médico como ponto de partida para recuperar a libido. No entanto, mais do que seguir as dicas abaixo, é essencial contar com ajuda e avaliação especializada, principalmente se as causas são, aparentemente, de fundo emocional. Buscar ajuda com um profissional de saúde mental pode ser a chave para retomar a libido e uma vida sexual saudável.

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