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Luana Piovani faz cirurgia de varizes: há opções menos invasivas?

Médica aponta quais são as alternativas minimamente invasivas para tratar as varizes. Confira!

Por Ana Paula Ferreira
7 mar 2024, 20h36

Luana Piovani revelou recentemente que passou por uma cirurgia para tratar as varizes. Como contou eu seu Instagram, o problema começou a surgir após a gestação de seu primeiro filho, Dom, e piorou depois do nascimento dos gêmeos, Liz e Bem.

Segundo ela, o procedimento já estava sendo adiado há três anos por falta de coragem. Nesse período, as varizes aumentaram de volume e, apesar de seguirem sendo consideradas um problema estético, estavam incomodando a atriz.

Ao contrário do procedimento feito por Luana, contudo, hoje em dia o avanço da medicina permite que pessoas que sofrem com as varizes não precisem necessariamente passar por uma cirurgia.

Segundo Helen Pessoni, médica especialista em cirurgia vascular e endovascular pela Associação Médica Brasileira (AMB), as técnicas minimamente invasivas como o Laser e Endolaser trazem a possibilidade de realização deste tratamento sem a cirurgia tradicional. Mesmo em situações quando as varizes estão muito dilatadas e a veia safena está comprometida, ou seja, casos avançados e complexos. A seguir, ela explica mais sobre o quadro e opções de tratamento.

Dúvidas e tratamentos para as varizes

Assim como aconteceu com Luana Piovani, de que forma a gestação influencia no surgimento das varizes?

Durante a gestação ocorrem alterações “fisiológicas”, ou seja, alterações no organismo para preparar o organismo para o crescimento do feto e para a hora do parto, que podem levar a alterações, agravamento ou surgimento de novas varizes. O número de gestações é considerado um fator de risco para varizes, mais do que 4 gestações colocam a mulher em maior risco para ter quadro grave de varizes.

As alterações que ocorrem são:

Tudo isto em conjunto faz com que apareçam varizes na gravides, principalmente em quem já possui predisposição, mas felizmente, cerca de 50% das novas varizes presentes na gravidez, irão regredir após o parto, quando regridem as alterações da gravidez.

Postergar o tratamento de varizes faz o quadro piorar?

Temos alguns fatores aqui que são importantes de serem salientados. Com o passar do tempo, a tendência das varizes é piorar, e não melhorar espontânea e nem com medicamentos mágicos que podem involuir o problema. A idade também influencia na piorara: hoje sabemos que 70% da população brasileira acima de 70 anos possui algum tipo de varizes. Portanto, isso mostra que a idade interfere também. Então, a recomendação é realizar a prevenção e o tratamento precoce sempre. Se estiver planejando engravidar e houver história de varizes na família ou na própria história, realize uma avaliação prévia, pois alguns casos necessitam de tratamento antes da gravidez, para evitar complicações graves durante este período.

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Quais são as principais técnicas minimamente invasivas disponíveis atualmente, sem a necessidade de ir a um centro cirúrgico?

As inovações com laser transdérmico (realizado por cima da pele) e endolaser (realizado por dentro da veia) são exemplos de técnicas que substituíram o procedimento cirúrgico tradicional. Além do laser, a espuma densa, que é utilizada na Europa desde os anos 90, também pode ser usada associada ao laser para substituir o procedimento cirúrgico em hospital. Todas técnicas são realizadas aqui na clinica, mas precisamos enfatizar que os casos mais avançados precisam ser realizados dentro de uma estrutura adequada, que não é um consultório normal. O local para realizar estes procedimentos requer equipamentos e estrutura de segurança do paciente.

Esses procedimentos minimamente invasivos podem ser realizados para varizes de calibre mais grosso, que já deixaram de ser caso estético?

Sim. O endolaser é o procedimento indicado para varizes de mais grosso calibre e é considerado o padrão ouro para o tratamento de veia safena, por exemplo. Os homens têm uma preocupação com a saúde e quando nos procuram, geralmente já possuem veias mais altas e volumosas e se beneficiam muito deste procedimento, pois normalmente precisam retornar rapidamente às suas atividades. Estes procedimentos minimamente invasivos não requerem repouso absoluto e propicia o retorno ao trabalho e à atividade física mais precocemente, se comparado ao tradicional.

Há contraindicações para a realização destes procedimentos em consultório?

Há necessidade de uma estrutura própria, adequada para a segurança do paciente sempre. A anestesia utilizada geralmente é local, associada ou não a uma sedação leve. Já pacientes com risco cirúrgico alto, com comorbidades mais graves ou de idade mais avançada, podem necessitar que este procedimento, mesmo sendo minimamente invasivo, seja realizado em hospital, com monitorização constante pelo anestesista, para maior segurança do paciente.

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