Chip da beleza, implante hormonal, gastrinona… São muitos nomes diferentes e muitos benefícios: eles podem promover ação anticoncepcional, reduzir as cólicas menstruais e até sintomas da TPM, além de combater aos desagradáveis sintomas da menopausa e reduzir a retenção de líquidos.
Mas do que se trata exatamente? A médica nutróloga Marianna Magri Real explica:
O QUE É O CHIP DA BELEZA
“Eles são pastilhas pequenas (em média 0,3 cm) e bem delgadas, que são implantadas sob a pele no plano subcutâneo da parte superior do glúteo. As pequenas pastilhas do implante são feitas de vários tipos hormonais (gestrinona, estradiol, progesterona e testosterona) e não hormonais (nadh) que são continuamente liberados na corrente sanguínea da mulher ou do homem. A quantidade de cada hormônio é escolhida de acordo com a indicação e necessidade de cada um” esclarece Marianna.
MITOS E VERDADES SOBRE O CHIP DA BELEZA
1Ele causa muitos efeitos colaterais:
Às vezes
Algumas mulheres apresentam efeitos colaterais dos implantes. É comum, mas não prejudicial, experimentar mudanças nos padrões de sangramento menstrual. Outros efeitos colaterais possíveis incluem dor abdominal, dores de cabeça, sensibilidade mamária e acne.
2Eles perdem o efeito com o tempo:
Verdade
“Os efeitos colaterais geralmente diminuem com o tempo, especialmente após os primeiros meses de uso. O ideal é sempre conversar com seu médico antes de realizar o implante.” salienta Marianna Magri.
3O implante é doloroso:
Mito
Ao ser aplicado, uma pequena anestesia local é administrada sob a pele do braço para evitar dor durante a inserção dos implantes. Esta injeção pode arder levemente. A mulher permanece totalmente acordada durante o procedimento. A inserção leva em média 4 a 5 minutos.
A incisão é pequena e não são necessários pontos, às vezes um ponto apenas. Na maioria dos casos, a inserção não deixa uma cicatriz perceptível. Uma vez inseridos, o contorno dos implantes sob a pele pode ser sentido e às vezes visto. A mulher pode ter hematomas e sentir dor ou irritação por alguns dias depois mas a médio e longo prazo, não é para sentir nada.
4Os implantes causam infertilidade:
Mito
Os implantes param de funcionar assim que são removidos e seus hormônios não permanecem no corpo da mulher. O uso de implantes não afeta a capacidade da mulher de engravidar. Um grande estudo descobriu que as mulheres que tiveram seus implantes removidos podem engravidar tão rapidamente quanto as mulheres que pararam de usar métodos não hormonais.
5Ajuda contra a celulite:
Verdade
Ele ajuda no ganho de músculos e na textura da pele, diminuindo consequentemente a aparência da celulite. Com dieta anti-inflamatória e estilo de vida saudável, os resultados são ainda melhores.
6Só mulher pode usar:
Mito
Os benefícios da reposição de testosterona para o tratamento do hipogonadismo em homens, por exemplo, estão bem documentados.
A medida que os homens envelhecem, há um declínio constante da testosterona devido ao envelhecimento do eixo hormonal, sendo muitas vezes necessária a reposição hormonal com testosterona exógena. O implante hormonal é uma excelente alternativa ao uso diário de testosterona em gel ou injeções semanais do hormônio, dando ao paciente mais liberdade, sendo necessária uma nova implantação a cada 6 meses em média.
7
É uma tecnologia recente:
Mito
Esta é a forma mais antiga de terapia de reposição de testosterona, disponível desde 1940 e ainda comercializado no Reino Unido. Pellets de testosterona (T) de longa duração foram aprovados pela FDA em 1972. Naquela época, as únicas outras opções disponíveis eram injeções genéricas T intramusculares.
8Toda mulher pode usar:
Mito
O implante é benéfico para muitas mulheres porque ajuda a reduzir a anemia, endometriose, cistos ovarianos, doença fibrocística da mama, cólicas menstruais, transtorno do desejo sexual hipoativo (aumenta a libido) e até ajuda a reduzir o transtorno pré menstrual (TPM). Mas existem algumas contraindicações, como no caso da mulher que está passando ou tem:
- gravidez
- amamentação
- suspeita de câncer de mama
- câncer de endométrio
- câncer ovariano
- endometriose
- câncer hepatocelular
- adenoma hepático
- hiperplasia ductal atípica de mama
- porfiria
- sangramento vaginal de causa desconhecida
- doença coronariana e cerebrovascular
- doença trombótica
- lúpus
- meningeoma