Não é de agora que Deborah Secco cuida da forma. Ela é expert em enxugar ou ganhar peso em tempo recorde para dar vida a seus papéis na TV e no cinema. Para esculpir os músculos da modelo Natalie L’ Amour, de Insensato Coração (2011), por exemplo, malhava várias horas por dia. Já para o filme Boa Sorte (2014), emagreceu 11 quilos, em busca do aspecto doente que a soropositiva Judith pedia.
Essas mudanças, feitas com acompanhamento especializado, permitiram que ela conhecesse melhor o seu metabolismo e sua resposta a treinos e dietas. Mas a maior transformação de todas aconteceu há três meses: o nascimento de Maria Flor, primeira filha de Deborah com o marido, o modelo Hugo Moura. Sentindo-se 100% realizada, ela voltou à sua rotina de exercícios assim que foi liberada pelos médicos.
“Não imaginava que estaria com esse corpo em tão pouco tempo, mas me preparei a vida toda. Eu não acreditava em genética até que comecei a malhar com uma amiga e vi que alcançava os resultados mais rápido”, diz. Mas as curvas não seriam tão desenhadas se não fosse a disciplina da atriz. “Aceitei o convite de capa para mostrar às mulheres que, cada uma com seu biótipo, podem correr atrás do shape que desejam.” Os cuidados que teve durante a gestação, seu treino e como atingiu esse domínio sobre o próprio corpo, Deborah revela na edição de março da BOA FORMA.
Quais foram seus cuidados com o corpo e a saúde durante a gravidez?
A minha maior preocupação era a saúde da Maria Flor. Nunca me alimentei bem: devorava brigadeiro, almoçava sanduíche, não jantava… Quando engravidei, decidi mudar esses hábitos e encher o prato com comida de verdade. Passei a fazer as refeições nas horas certas e incluí arroz, feijão, carne e leite. Mas confesso que, nessa etapa, não abri mão totalmente de doces e fast food. No sexto mês, já estava com 19 quilos a mais! Foi então que procurei uma nutricionista porque, além de tudo, me sentia muito cansada e com dificuldade para sentar, levantar, deitar.
Começar uma dieta no meio da gestação deve ter sido difícil.
Não tive enjoos nem desejos. Em compensação, minha fome dobrou! A nutricionista montou uma opção de cardápio sem restrição de calorias. É uma dieta paleolítica com pouco carboidrato e mais gorduras e proteínas. Cortamos os enlatados e investi em frutas e raízes, além de comer à vontade carnes e ovos. Do sexto mês em diante, não engordei mais e, depois que a Maria Flor nasceu, só cortei algumas frutas e raízes. Até me permito algumas escorregadas a cada quatro dias.
Você fez exercícios durante a gravidez?
Preferi não fazer atividades físicas no primeiro trimestre de gestação e, depois, retomei até o sétimo mês. Só parei por recomendação médica porque precisei ficar em repouso. Mantive os mesmos exercícios com menos peso. Se antes malhava para chegar ao meu limite, naquele momento a preocupação era justamente evitar isso. O meu personal (Rafael Lund, colunista de BOA FORMA) conversava sempre com meus médicos para monitorar a minha rotina. Além do transport e da bicicleta, me dediquei à natação, esporte que nunca tinha experimentado.