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Boa Forma Visita: Bruxinhas do Mato

Um banho de ervas e flores numa banheira bem quentinha é uma das opções do spa localizado em São Francisco Xavier (SP). Confira se vale a viagem

Por Helena Galante
Atualizado em 29 jun 2021, 15h08 - Publicado em 29 jun 2021, 15h05

Tenho uma relação simultânea de atração e desconfiança com produtos e serviços que parecem de-se-nha-dos para aquela foto linda no Instagram. Vocês também são assim? Ao mesmo tempo que uma parte de mim grita “quero muito, olha que lindo!”, outra parte fica avisando “cuidado, pode ser cilada”. Ao ver a banheira cheia de ervas e flores dispostas numa espécie de mandala do spa Bruxinhas do Mato, em São Francisco Xavier, veio a dúvida: será que vale mesmo a pena? No #BoaFormaVisita de hoje conto em detalhes como é a experiência.

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Estava na região para uma semana de “mato office”, como apelidei o trabalho à distância direto da montanha. Mandei uma mensagem para o espaço (+55 12 99758-5278) para marcar meu banho de ervas (R$ 180,00 o individual ou R$ 360,00 em dupla). Outras opções disponíveis são o banho de espuma (R$ 100,00), o escalda-pés (R$ 110,00) e a massagem (R$ 200,00 por uma hora). Fique atenta: de segunda a quinta, é preciso agendar por telefone a visita. Às sextas e domingos, o horário é das 10h às 17h; aos sábados e feriados 18h, das 10h às 20h.

Para chegar ao Bruxinhas do Mato, inaugurado em 2002, é preciso cruzar a cidade e pegar uma estradinha até o bairro de Machado. Ao estacionar o carro, uma placa já convida os visitantes a praticar o silêncio. Na recepção, ao lado de um banco para espera, havia água saborizada à vontade e mais um quadro: “Bem-vindo! Enfim você chegou! Respire fundo, sorria e deixe suas preocupações de lado. Aqui cuidaremos de você com todo amor e carinho. Receba o melhor que nós e a natureza temos a lhe oferecer. Afinal de contas: você merece. Entre, relaxe e sinta-se em casa.”

Acompanhada da minha prima Ligia, que viajava comigo, fui conduzida até a cabine dupla, com uma banheira ao lado da outra. A gentil atendente que nos conduziu até lá anunciou: “Preparei esse banho com as melhores intenções para vocês. Sugiro que aproveitem e relaxem. Há uma caneca para lavar o rosto sem molhar o cabelo, mas nosso conselho é que mergulhem de cabeça. Quando passar meia hora, eu bato na porta para avisar vocês.”

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A casa está acostumada a receber casais nesse espaço – mas o passeio vale também entre amigos, desde que seja alguém com quem você se sinta a vontade para ficar sem roupa, claro. Há um cabideiro para pendurar as peças e uma prateleirinha de madeira para colocar o celular ao lado (difícil desapegar dele com tantas fotos bonitas para tirar).

Bruxinhas do Mato
Banheira bem localizada: há um janelão de vidro com vista para o verde, onde não passa ninguém (Arquivo Pessoal/BOA FORMA)

É preciso um pouco de coragem para colocar os pés na água (perfeitamente aquecida). A textura das plantas na pele causa estranheza de início – e dá uma peninha desmontar o desenho simétrico montado. Passado esse momento inicial de adaptação, outros sentidos começam a ser aguçados. Para quem é “da cidade grande”, como eu, é um desafio identificar as espécies de plantas só pelo cheiro. Para saciar a curiosidade, há uma livro  plastificado com as fotos e propriedades das espécies colhidas ao redor da casa e usadas no banho.

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A duração de meia hora pode parecer curta demais na hora de fechar o pacote, mas é mais do que suficiente para apoiar a cabeça na toalhinha dobrada deixada na borda da banheira e admirar a vista pelo janelão. A água quente dá a sensação de baixar a pressão (tanto sanguínea quanto de stress mesmo). O desafio é fazer a mente acompanhar a calmaria do cenário, mas por alguns instantes consegui de verdade relaxar. Dá tempo de meditar, de tirar muitas fotos (com cuidado para não mostrar nada demais, ops) e, no nosso caso, dar muitas risadas. Tem algo no mínimo curioso em se banhar com tantas plantas!

No fim do período, precisei abrir a torneira fria e molhar o rosto e a nuca! Estava com o rosto vermelho e o corpo molinho, molhinho. O choque térmico da água gelada (e um golão no copo de água filtrada deixado ao lado) deram conta de me restabelecer. Quando finalizei o banho e abri o ralo para a água escorrer, imaginei que parte das minhas preocupações, pelo menos as infundadas, escorriam ali junto com as ervas.

Depois de me secar (eles oferecem toalhas brancas perfumadas), quando já estava de roupa, pensei que talvez essa seja a verdadeira “bruxaria”: topar um outro ritmo, mais próximo da natureza, e se permitir ser cuidada, com as melhores intenções.

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O caixa para pagamento fica dentro de uma loja com aromatizadores de ambiente e sprays artesanais (que na verdade me fazem espirrar mais do que relaxar). Peguei uma bananinha só para acalmar a fome e segui viagem, com vontade de voltar quando der.

 

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